Não há como discordar. O Dia 7 de Setembro ainda é motivo para ser celebrado. Reverenciar àqueles que no passado tiveram coragem e determinação para lutar pela liberdade e independência, tornando o Brasil livre para traçar o próprio destino. Passaram-se 201 anos, e as palavras liberdade e democracia, mais uma vez voltam a ser evidenciadas. São novos tempos, em que a desconfiança nos líderes, provoca novos sentimentos, inclusive, medo. Porém, mesmo diante de tendências obscuras, vale lembrar que nossa história é rica em diversidade, cultura e resiliência. Esses valores perseveram e disseminam coragem e força para seguir como uma Nação livre. Sendo assim, neste Dia da Independência, é preciso lembrar a importância de preservar esses princípios e seguir trabalhando para construir o futuro, alicerçado pela liberdade. Há defesa de que a data deva ser o símbolo de união, democracia e soberania. Exatamente o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pregou ao falar em rede nacional na noite de quarta-feira (6). No entanto, no Palanque Oficial em Brasília, Janja, esposa do Presidente, usa um vestido vermelho, e Lula, uma gravata com tom vermelho. O discurso foge da prática.
Comemoração dos 201 anos da Independência marcada por divisões
Infelizmente o 7 de Setembro está dividido e marcado por posições antagônicas, em que ideologias se misturam. Quando eu era adolescente, fazia questão de participar da linha de frente na escola, tocando tambor, e com orgulho ia uniformizado para bem representar, não só a própria escola, mas a Pátria. Tinha uma grande honra de estar integrado ao desfile, sob o olhar do público que se acumulava nas calçadas da avenida principal da cidade. Era um dia de celebração às cores da bandeira. A geração de hoje anda ofuscada pela divisão política e ideológica. Uma transformação que para sempre será marcada por tendências, que aos poucos desequilibram o verdadeiro sentido da ordem e do progresso, e o valor das cores da própria bandeira.
Municípios suspenderam o desfile
Por alguma razão, alguns municípios no Estado decidiram suspender seus desfiles. Cito Chapecó, no Oeste do Estado, e Otacílio Costa, na Serra Catarinense. Em Chapecó, o prefeito, João Rodrigues usou como justificativa, o fato de possíveis atos antidemocráticos durante os desfiles. Segundo disse, teria obtido informações privilegiadas de que alguns grupos estariam se organizando para promover desordem no justamente na hora do desfile. Portanto, tomando por base o que ocorreu no dia 8 de janeiro, em Brasília, suspendeu para evitar qualquer tipo de conflito. As comemorações só acontecem no Altar da Pátria, na praça central da cidade, com o acendimento do Fogo Simbólico, e nada mais.