Tenho contestado a formatação de algumas pesquisas ao governo e senado, em Santa Catarina. Algumas delas apresentam candidatos isolados estratosfericamente acima; outras com números bem abaixo. Confundem o eleitor. Dentro de uma visão mais real, o levantamento do Instituto de Pesquisas Cananéia – IpeC (ex-Ibope) divulgado nesta terça-feira, 20, em Santa Catarina, pela coirmã NSC mostra Jorginho Mello (PL) e Carlos Moisés (Republicanos) empatados com 20%. Pouco atrás, e com boas chances de segundo turno, estão Esperidião Amin (Progressistas) com 15% e Gean Loureiro (UB), com 14%. Décio Lima (PT), cresceu um pouco em relação à pesquisa anterior, e soma 10%. Como se vê, esta talvez, pode estar mais próxima da realidade. Porém, a desfiguração das mais variadas pesquisas, me deixa um tanto descrente. Enfim, o cenário está posto. A pesquisa ouviu 800 pessoas entre os dias 17 e 19 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Santa Catarina sob o número SC‐07903/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR‐07730/2022.
Ao Senado, Raimundo segue liderando
Seguindo os mesmos condicionantes do registro e margem de erro, apontados acima, os índices ao Senado seguem dando vantagem ao ex-governador Raimundo Colombo (PSD), com 26% das intenções de voto. Logo abaixo, com 13%, aparece Dário Berger (PSB), e em terceiro, Jorge Seif (PL), com 9%. Este ano, os eleitores do estado elegem apenas um senador. Em meu comentário sobre Seif na coluna de hoje, abordei a condição dele, apenas amparado pela imagem do Presidente. Pela pesquisa, a visão demonstra que o eleitor está optando mais pela experiência dos candidatos, e pelo histórico na política dentro do Estado. Isto também é fato. E é algo que realmente pode fazer a diferença no parlamento, diante do conturbado cenário político nacional.
Hang abraça campanha de Jorge Seif ao Senado
Nesta reta final de campanha, o dono da Havan, Luciano Hang tem assumido a função de cabo eleitoral. Anda com Jorge Seif participando de reuniões nas mais variadas cidades. Nesta terça-feira (20), estiveram em cidades do Norte do Estado. Enfim, tem pouco mais de 10 dias para o candidato poder mostrar realmente a que veio, para ocupar vaga no Senado da República, trazendo consigo, a única experiência política, a da Secretaria da Pesca. Ainda é não é totalmente conhecido no Estado.
Colado à imagem do Presidente
Nascido no Rio de Janeiro e radicado em Santa Catarina, Jorge Seif, candidato ao senado pelo Partido Liberal deixa a impressão que depende mais do presidente Jair Bolsonaro e do empresário Luciano Hang para ser eleito, do que pelo seu próprio currículo. Seif foi Secretário de Aquicultura e Pesca, no governo federal, numa área ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Formado em Administração e Marketing, vem de uma família que atua na atividade pesqueira. Por outro lado, também vejo que não há mal nenhum ter apoios importantes. A questão é de fato, que a campanha dele está aparentemente colada à imagem do presidente. Precisa ser mais conciso em seus objetivos e mostrar mais a existência pessoal. No campo da pesca, onde atuou no Governo, se formos observar, pesam sobre ele muitas críticas.