Os avanços nas pesquisas sobre a Monkeypox agora contam com uma ajuda na área de diagnóstico, em Santa Catarina. O Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen) recebeu a certificação do Ministério da Saúde para realizar exames que identifiquem a varíola dos macacos, diminuindo o tempo de espera pelo resultado.
A análise é feita exclusivamente por teste molecular do tipo RT-qPCR, a mesma técnica usada no diagnóstico da Covid-19, utilizando uma metodologia in house, que segue protocolos específicos e utiliza insumos e reagentes aprovados pela Anvisa.
Com isso, o tempo para liberação dos resultados passou de 10 dias para 48 horas, garantindo agilidade na adoção de medidas de prevenção, como o isolamento de casos confirmados e a busca ativa de contatos.
A partir da identificação de um caso suspeito, é seguido um fluxo específico para coleta e processamento das amostras. A unidade de saúde que realizou o atendimento coleta o material para exame da varíola dos macacos, utilizando kits (swab + meio de transporte), por meio de esfregaço nas lesões. Na sequência, o material deve ser encaminhado ao laboratório, para que seja feito o exame para identificação da varíola dos macacos.
Por meio das aquisições emergenciais promovidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) já foram entregues insumos para o diagnóstico da varíola dos macacos que possibilitarão a realização de aproximadamente 10 mil exames.
Até a última segunda-feira (26) foram notificados 1.219 casos suspeitos da varíola dos macacos no Estado. Destes, 261 foram confirmados, 16 foram classificados como casos prováveis, 719 foram descartados, e 223 permanecem em investigação.
Foto: Júlia Mattos/Reprodução