19 de setembro de 2024
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Policial

Caso das Marmitas: Após depoimento, polícia descobre perfil falso; veja

A investigada do Caso da Marmitas, Maria Eduarda Poleza, esteve na Delegacia de Polícia de Blumenau durante a tarde de terça-feira (4). Ao lado da mãe, que também contribuiria com o funcionamento do suposto projeto, chamado Alimentando Necessidades, ela prestou depoimento e a polícia já descobriu que um dos perfis é falso.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Felipe Orsi, da Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente (DPCami), Maria e a mãe apresentaram notas fiscais e extratos bancários que afirmam que a ONG existe. Porém, as movimentações financeiras não comprovam que o dinheiro das doações foi usado para os fins que eram declarados pelas duas.

Ainda de acordo com as informações apresentadas, foi confirmado que no mês de setembro entrou cerca de R$30 mil em doações.

 

Já nas apurações iniciais, a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) descobriu que um dos perfis que pedia as doações é falso. O perfil em questão é da suposta sócia e amiga de Maria no projeto, chamada de Taynara. A investigada dispensou o uso de advogado, ao comparecer na delegacia.

O delegado declarou, também, que as conversas com a influencer e a mãe foram bem longas, e as investigações agora seguem para averiguar se tudo que foi dito e mostrado é verdadeiro, e qual o alcance (regional, estadual ou nacional) do recebimento das doações.

Relembre o caso

A suspeita de golpe se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, após diversos perfis conhecidos comentaram sobre a questão, denominando o caso como “Marmitagate”. Até o perfil do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que atua fortemente na doação de alimentos nas periferias do Brasil, citou a polêmica.

A ação investiga a legalidade do projeto, que supostamente estaria aplicando um golpe, onde é feito o pedido de doações via Pix, através de vários perfis ligados a Maria, para apoiar um projeto social de distribuição de marmitas para pessoas em situação de rua. Após receber várias denúncias formais e informações, foi levantada a suspeita de estelionato.

O caso chegou até o Ministérios Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da Ouvidoria do MPSC, para a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau, após duas representações que denunciavam o caso. As informações e documentos foram encaminhados à PCSC para sejam incluídos no Inquérito Policial que apura o suposto golpe.