A economia catarinense tem um bom desempenho em 2022, o estado termina o ano com pleno emprego e com recordes de exportação.
A taxa de desemprego é a menor do país, com 3,8% e as vendas para o exterior ultrapassaram R$ 11 bilhões. Estes e outros dados do cenário econômico foram apresentados em um balanço divulgado nesta quarta-feira (7) pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
“Estamos crescendo mais que a média brasileira, dez anos atrás participávamos com 4% do PIB nacional, hoje já somos 4,6% com tendências a crescimento, então eu acho que é um ano a ser comemorado em Santa Catarina”, afirmou Mário Cézar Aguiar, presidente da FIESC.
A indústria catarinense é a segunda mais diversificada do país, o estado se destaca na produção de carne suína e de aves, motores elétricos, madeira e construção civil. O desafio para aumentar a competitividade é a mobilidade, já que a malha rodoviária precisa de investimentos.
“A infraestrutura catarinense é uma das piores do Brasil, um estado cuja produção industrial é uma das melhores do país, quer dizer isso destoa, então esse super desafio a gente tem uma grande expectativa de possa haver um volume adicional de investimentos nas nossas rodovias, em especial que possa melhorar a competitividade da indústria catarinense como um todo”, afirmou Pablo Bittencourt, economista chefe FIESC.
A instituição também conta com o observatório FIESC, com um centro de inteligência que é atualizado em tempo real num ambiente interativo e informativo, com dados econômicos sobre o nosso estado e o nosso país. Com isso representantes da indústria passam a contar com um serviço de consultoria, já que muitas empresas não têm um Data Center com levantamento de dados. São informações sobre o cenário micro e macroeconômico, que ajudam a indústria catarinense a elaborar estratégias para continuar a crescer.
“Uma estrutura tecnológica muito forte que auxilia primeiro na manutenção dessas informações, na extração dos dados, a gente tem um processo de curadoria e também de governança que traz mais segurança pro usuário pra que ele tenha garantia que as informações estejam sendo divulgadas de forma bem assertiva”, frisou Marcelo Bitencourt, economista do observatório FIESC.
Sexto maior PIB do País, Santa Catarina também é o estado que mais gera recursos para o Brasil, boa parte da produção é exportada, já que em solo catarinense se produz mais do que se consome, mas para escoar a produção é preciso investir também na infraestrutura portuária.
“Esse é um problema crônico de Santa Catarina, que precisa ser resolvido, a tendência mundial é receber navios cada vez, mas de maior porte, hoje recebemos navios de 350 metros, mas há possibilidade de chegar muito em breve, a navios de 400 metros, isso depende de investimentos, tanto na Baia da Guapitonga, como canal de acesso, como da bacia de evolução da Foz do Rio Itajaí, que são dois portos importantes na corrente de comércio internacional de Santa Catarina”, concluiu o presidente da FIESC.
Veja na reportagem de Ronaldo Penido, para o Band Cidade:
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