É o que realmente espero. Que cada um dos eleitos e diplomados possa honrar o voto recebido no pleito de 2022. Assim, no final de tarde desta segunda-feira (19), sede do Tribunal de Justiça, na Capital. O ato de diplomação dos eleitos em Santa Catarina seguiu o rito natural, conduzido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SC). A partir de agora, todos estão aptos a assumirem os cargos a partir de 2023. Estive atento às falas de cada representante dos diplomados. Ana Campagnolo (PL), a recordista de votos entre os deputados estaduais foi quem fez uso da palavra. Disse que se encontrava num ambiente amigo e de que cada vez mais as mulheres provam o seu valor pelo tratamento dado a elas, e não pelo vitimismo. Salientou que vive no melhor estado do país, e que nele, os homens respeitam as mulheres, e que fará do seu mandato a chance de trabalhar por dias melhores. Foto: Bruno Collaço / Agência AL
Caroline de Toni tocou na ferida nacional
A representante dos deputados federais, a deputada Caroline de Toni (PL), detentora do maior número de votos da história de Santa Catarina (227.632) não perdeu a oportunidade de expor a crise de constitucionalidade vivida pelo país, envolvendo os três poderes. Salientou que o Judiciário está invadindo, em especial, a competência do Legislativo, fugindo da Constituição, e restringindo ações de parlamentares e da população, a exemplo do direito da livre expressão. Da Tribuna, que afirmou ser o símbolo máximo para expor a palavra, lembrou que há deputados sendo tolhidos dos seus direitos. O ativismo político é evidenciado com perseguições, fazendo com que muitos parlamentares se mantenham calados. Encerrou exaltando a necessidade de que a justiça e a verdade prevaleçam no país. Enfim, a deputada foi a única que estendeu sua fala expondo uma das maiores feridas em tempos difíceis na política nacional. Foi corajosa, dizendo exatamente o que precisava ser dito.
Jorge Seif foi mais metódico
O senador eleito Jorge Seif (PL) foi metódico e simplista. Esperava dele também um discurso mais afinado com a realidade vivida dentro do atual Senado. Disse apenas que o momento exige mudanças e que o Senado não está cumprindo com o seu papel. De resto, limitou-se a falar de sua pessoalidade afirmando que jamais imaginava entrar na vida política, e que é talvez, o senador mais jovem a ser eleito por Santa Catarina. Mencionou o presidente Jair Bolsonaro em tom de agradecimento e prometeu ser o representante de todos os catarinenses. Além de Seif foram também diplomados os suplentes Hermes Klann e Adrian Rogers Censi.
Jorginho Mello discursou em tom de agradecimento
Muito aplaudido, o governador eleito Jorginho dos Santos Mello (PL) foi diplomado ao lado da vice, a delegada Marilisa Boehm (PL). Abriu dizendo o momento estava carregado de significados e de um sentimento de gratidão. Agradeceu formalmente à equipe e ao TRE/SC e destacou a missão que terá pela frente, em razão da responsabilidade que lhe espera. Prometeu dar a sua contribuição para fazer uma Santa Catarina mais forte. Destacou, em especial a área da saúde, citando formalmente a deputada Carmen Zanotto (Cidadania), futura secretária da Pasta. Salientou o desafio de aliviar a dor dos catarinenses e afirmou que vai entregar uma saúde de qualidade. Enfim, reafirmou que não lhe faltará coragem, e que, ao lado dos melhores secretários que lhe darão sustentação já a partir da posse em janeiro. Não deixou de agradecer ao presidente Jair Bolsonaro. Entre as curiosidades, lembrou o passado vivido em Ibicaré e Herval do Oeste, quando trabalhou vendendo sonho e paçoquinha, e mais tarde eleito vereador aos 18 anos, e agora, sendo diplomado governador de Santa Catarina. Tem sim uma bela história na carreira política, como poucos. Por fim, disse carregar a esperança de poder fazer um bom governo.
Resumindo
Como o ato seguiu um rito formal dentro de uma total regularidade prevista pelo protocolo, procurei citar o que foi dito pelos representantes dos diplomados, especialmente do governador eleito Jorginho Mello. Embora todos os discursos tenham seguido uma formalidade natural, com exceção da deputada federal Caroline de Toni, julguei ser importante transcrever o que disseram. Os catarinenses precisam desde já saber o que tais representantes nos parlamentos e no Governo estão dizendo, e que realmente pretendem fazer para a melhoria da vida dos cidadãos. Como formador de opinião prometo estar atento às ações deles, em prol de Santa Catarina, seja na Alesc, na Câmara dos Deputados, no Senado e, principalmente no Governo. Agora, é só esperar pela posse e esperar pelo cumprimento das promessas.
