A deputada eleita Júlia Zanatta (PL) entrou na briga para reverter a decisão de que o Governo Lula, deverá extinguir a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred), criada por Bolsonaro em 2019. Uma atitude, caso se concretize, põe em risco dependes químicos em recuperação, e que passam a ter um futuro incerto. Segundo a deputada, o serviço é responsável por mais de 100 mil atendimentos. O Senapred foi criado dentro da estrutura do Ministério da Cidadania e impactou milhares de famílias. Foram cerca de 17 mil vagas financiadas em 700 comunidades terapêuticas. 65 destas instituições são em Santa Catarina. Aponta que no final de 2022, o Senapred recebeu um prêmio da Secretária Nacional de Trânsito (Senatran) por sua atuação de destaque na conscientização e divulgação de informações sobre as consequências do uso de drogas no trânsito. Hoje o cenário é de incerteza e angústia para todas as famílias que dependem do trabalho de resgate de dependentes químicos e prevenção às drogas do Senapred. A deputada alerta que Lula vai abandonar as comunidades terapêuticas que atuam salvando vidas, e afirmou que vai cobrar providências para que o trabalho de combate às drogas não seja prejudicado. (Foto: Alair Sell).
Presidente da Câmara não vê motivos para investigar deputados
Em meio ao turbilhão de atitudes mal tomadas, uma declaração surpreendente do deputado e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, (PP-AL), ao afirmar que não vê motivos para investigar deputados em atos golpistas. O posicionamento dele ocorreu depois que o Ministério Público Federal acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo também para que se investiguem deputados por suposta incitação. Lira afirma não ter visto, até o momento, indícios de que os deputados eleitos para a próxima legislatura André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Nikolas Ferreira (PL-MG) tenham incitado o grupo de vândalos golpistas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 8. Para ele não há nenhum ato que corrobore com os inquéritos.
Na lista do Grupo Prerrogativas
Na verdade, esses deputados fazem parte de uma lista de parlamentares, alvos de uma petição apresentada por advogados do chamado Grupo Prerrogativas. Eles tentam impedir a posse deles, sob a acusação de terem ferido o decoro parlamentar ao apoiarem publicamente os ataques, ao Estado Democrático de Direito – crime previsto no Código Penal. Por sua vez, Lira também revelou já ter conversado com Nikolas, Fernandes e Clarissa Tércio e que voltaria a discutir o assunto com o procurador-geral da República, Augusto Aras. Enfim, o que se vê, é uma verdadeira “caça às bruxas”, de todos os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também está sendo responsabilizado pelo que aconteceu em Brasília. (Fonte de informações: Agência Brasil).
Lira e seus motivos
Arthur Lira tem outros motivos para evitar conflitos com colegas parlamentares. Ele quer ter a complacência de seus pares, pois, almeja a reeleição na Presidência da Câmara, cuja eleição irá ocorrer no dia 1º de fevereiro. Assim como ele, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também está no páreo para permanecer no cargo. Informações de bastidores dão conta de que ele tem votos suficientes para alcançar o propósito. Tanto ele quanto Lira têm o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há quem divirja, e aponte ser um cálculo difícil de prever com exatidão, uma vez que a votação é secreta. O principal adversário de Pacheco até o momento é o ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Jair Bolsonaro (PL) e senador eleito, Rogério Marinho (PL-RN). Aliados de Marinho contabilizam ao menos 35 votos para ele, que ainda vai tomar posse, e esperam chegar a 44 votos, pelo menos.