23 de novembro de 2024
TVBV ONLINE
Política

Mandante de homicídio, ex-prefeito de Xaxim é condenado a 49 anos de prisão

Após quatro dias de julgamento, Cézar Gastão Fonini foi condenado a 49 anos e 6 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado

Ex-prefeito de Xaxim, cidade do Oeste de Santa Catarina, Cézar Gastão Fonini foi condenado em júri popular nesta quinta-feira (9) por mandar matar o advogado Joacir Montagna. Em 2018, Montagna morreu baleado na cabeça, no município de Guaraciaba, Extremo-Oeste catarinense. O julgamento do crime foi iniciado na segunda-feira (6), na Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, e o réu ainda pode recorrer da decisão.

Além dos 49 anos e 6 meses de reclusão, Fonini também foi condenado ao pagamento de 500 mil reais por indenização de danos morais aos herdeiros de Montagna. Maria de Lourdes Fonini esposa de César, foi absolvida pela Vara Criminal de São Miguel do Oeste da denúncia de imputação de homicídio. Já condenado por outros delitos no caso, Adelino José Dala Rica também foi julgado nesta quinta-feira e conseguiu absolvição da denúncia de associação criminosa.

Irmão da vítima, Hélio Montagna afirmou estar “satisfeito porque o mandante foi condenado”, porém, também disse que esperava uma condenação à Maria de Lourdes e lamentou: “infelizmente o entendimento dos jurados foi diferente”. Esposa de Joacir, Patrícia Montagna considerou que houve “justiça divina” na sentença e, para o advogado da família Montagna, a condenação esteve “à altura do crime que foi cometido”, sendo uma “resposta da sociedade a quem comete crimes dessa natureza”. As declarações citadas neste parágrafo foram concedidas pelas fontes ao Portal Peperi logo após o julgamento.

 

Procurado pelo Portal TVBV, o advogado do casal Fonini, afirmou que a justiça foi feita em relação à Maria de Lourdes, mas discordou da pena aplicada a Cézar, considerando-a “extremamente elevada”. O advogado alegou também que o ex-prefeito de Xaxim reconhece “determinada prática delitiva”, mas que o reconhecimento de culpa “passaria muito longe do que ele foi condenado”.

Segundo a defesa de Fonini, será apresentado recurso em tribunais de instâncias superiores. “O resultado foi bem diverso daquilo que se pretendia. O conselho é soberano e se respeita a decisão, mas há possibilidade de recursal, buscando dar enquadramento adequado. E, mesmo que não se consiga, há questionamentos a serem feitos em relação a qualificadoras e à fixação da pena”, completou o advogado.

Foto: Reprodução