27 de novembro de 2024
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Educação

Greve em Chapecó: professores da rede municipal cobram pagamento do piso salarial

Paralisação foi definida em Assembleia do Sindicato da classe e teve início às 8h desta segunda-feira, na Praça Central de Chapecó

Reivindicando a manutenção do plano de carreira vigente e o pagamento do piso salarial dos Servidores do Magistério, os professores da Rede Municipal de Chapecó paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira. A greve foi decidida na noite da última quarta-feira (15), por decisão de Assembleia do Sindicato da classe (SITESPM).

Foi decidido que paralisação ocorreria caso, até o fim da tarde de sexta-feira (17), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), não encaminhasse para a Câmara de Vereadores as reivindicações dos Servidores com relação aos Projetos de Lei Complementares, PLC 03/2023 e PLC 04/2023, que alteram a legislação municipal em vigor e estão na pauta de votação desta segunda-feira na Câmara, com tramitação em caráter de urgência.

Segundo o Sindicato, não houve acolhimento do prefeito e, na noite de sexta (17), a greve foi anunciada com início para a manhã desta segunda-feira. Em nota, a Prefeitura se posicionou alegando que considera a greve “descabida” e que “os dias parados serão descontados”.

 

O que reivindica o Sindicato

No dia 6 de março, foram protocolados, na Câmara de Vereadores de Chapecó, dois Projetos de Lei Complementares (PLC) que são de autoria da Prefeitura. Tratam-se dos PLC 03/2023 e PLC 04/2023, que abordam questões da previdência social e do plano de carreira dos Servidores públicos municipais.

De acordo com o Sindicato, os projetos afetam negativamente as condições salariais dos Servidores, e, portanto, a classe pede que sejam suprimidos “os artigos que atacam o Plano de Carreira da categoria” e que seja incluída uma emenda “com o reajuste de 7,50% para todos os(as) Servidores Municipais”.

O Sindicato afirma as solicitações foram enviadas à Prefeitura, órgão com o qual busca diálogo “há muito tempo”, mas que “o Prefeito, João Rodrigues, a Secretária de Educação [Astrit Tozzo] e o secretário Thiago [Etges —Secretário de Governo do Município] são intransigentes” para abrir mesa de negociação.

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura se pronunciou dizendo que “os dias parados serão descontados” e considerou que a greve é “descabida, já que Chapecó é um dos municípios que melhor paga a categoria em Santa Catarina”. Segundo o órgão, “um professor com licenciatura plena ganha R$ 6.620 e, com mestrado e doutorado, sua remuneração passa de R$ 8 mil”.

Outras alegações são de que “pelo segundo ano consecutivo, houve reajuste de 5,93% da inflação, mais 1% de ganho real, para todos os servidores” e que o projetos têm como objetivo “apenas evitar alguns benefícios sobrepostos”.

Foto: Divulgação