28 de novembro de 2024
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Policial

MP pede internação urgente para aluno que matou professora em São Paulo

Justiça de São Paulo avalia pedidos feitos pela promotoria de internação do aluno que matou professora em escola

A Vara da Infância e da Juventude de São Paulo decide nesta terça-feira (28) se mantém a internação do aluno que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em uma escola estadual da capital paulista, na última segunda-feira (27). O enterro da educadora Elisabete Tenreiro foi realizado no Cemitério do Araçá nesta terça (28).

O estudante de 13 anos, responsável pelo ataque na escola Thomazia Montoro, foi ouvido pela Polícia Civil e transferido para uma unidade da Fundação Casa que recebe menores infratores. Ele aguarda a decisão judicial. Durante coletiva de imprensa ainda na segunda (27), o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que não descarta a possibilidade do agressor ter recebido ajuda.

A unidade de ensino permanecerá fechada por pelo menos uma semana e a comunidade escolar terá apoio psicológico oferecido pelo governo. O Estado decretou luto oficial de três dias.

 

Investigação de bullying

A Polícia Civil investiga se o menor de 13 anos foi vítima ou se praticava bullying com os colegas. Estudantes afirmaram que, ainda na semana passada, a professora Elisabete teria separado uma briga entre o agressor e um colega. Segundo os alunos, durante o desentendimento, o responsável pelos crimes teria chamado o colega de “macaco”.

Em entrevista à Band, a professora Rita de Cássia Reis, também ferida no ataque, contou que o autor das facadas era alvo de piadas devido a um bigode. “Ele sofria bullying porque ele estava com um bigodinho. É a fase da adolescência deles. Esse bigodinho nasceu e os meninos começaram a chamá-lo de mexicano”, disse Rita de Cássia.

Segundo a Rádio Bandeirantes, o aluno Daniel era o alvo principal do criminoso, mas ele teria faltado à aula após ter visto indícios em redes sociais de que o colega tentaria algum ataque. Em entrevista, um outro aluno da escola disse que o assassino “fez isso por causa de bullying, porque o pessoal fazia umas piadas com ele. Chamava de “rato de esgoto”.

 

Novas tentativas de ataque

Outras duas tentativas de ataque em escolas foram registradas nesta terça-feira (28), uma em Santo André, a poucos quilómetros de São Paulo, e outra no Rio de Janeiro.

Santo André

Próximo de São Paulo, na região metropolitana da capital paulista, um outro ataque foi impedido na tarde desta terça-feira (28). Um aluno tentou entrar com uma arma na Escola Estadual Nelson Pizzotti Mendes, em Santo André, no ABC Paulista.

Segundo informações preliminares, a escola confirmou que o adolescente tentou entrar armado, mas a equipe escolar conseguiu deter a ação do jovem. Informações prévias afirmam que o aluno teria brigado mais cedo com um outro colega e foi buscar uma arma para matá-lo.

O caso foi encaminhado ao 6º DP de Santo André. O sargento que atende a ocorrência informou que não conseguiram apreender o aluno e que os fatos ocorreram do lado de fora da escola.

Rio de Janeiro

Na Gávea, zona Sul da capital fluminense, um adolescente de 15 anos entrou com uma faca na Escola Manoel Cícero para agredir um professor, nesta terça (28). Segundo informações preliminares, a arma branca foi vista por uma aluna, que então se tornou alvo do estudante. O agressor foi contido por funcionários da escola antes do ato criminoso.

A Polícia Civil abriu investigação sobre o menor de idade, que teria praticado racismo contra o professor no mês passado.

 

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil / Reprodução