Coletiva de imprensa foi concedida por representantes da Segurança Pública de Santa Catarina nesta terça-feira (9)
Encontrado na noite de segunda-feira (8) em São Paulo, o menino Nicolas Areias Gaspar, catarinense de 2 anos, estava desaparecido desde o dia 30 de abril, quando foi havia sido visto pela última vez em São José, na Grande Florianópolis. Ele foi encontrado com um homem e uma mulher, Marcelo e Roberta, suposto casal que apresentou a possível Certidão de Nascimento da criança, alegando que a mãe de Nicolas o teria doado.
Contudo, a investigação da Polícia Civil de Santa Catarina confirma que houve um aliciamento da mãe de Nicolas para que ela entregasse o menino a pessoas que ela teria conhecido por meio de um grupo de apoio a gestantes no Facebook.
A delegada responsável pelo caso, Sandra Mara, relatou que a mãe teve uma depressão pós-parto não tratada e sofre com crises de ansiedade e depressão, de forma que por isso teria sido um alvo mais fácil para o aliciamento.
“Eu tenho essa convicção: esses grupos se aproximam das pessoas mais vulneráveis, mais frágeis, mais desesperadas. Isso foi um processo de dois anos. Teve momentos que ela [a mãe] estava mais forte e teve momentos que ela estava mais fraca. Neste momento ela estava mais fraca e foi quando ela cedeu e entregou a criança”, relata a delegada.
A criança se encontra sob responsabilidade do Conselho Tutelar de São Paulo e será trazida a Santa Catarina por uma equipe composta por um delegado, um psicólogo e dois policiais militares, porém, ainda não há previsão de quando o menino chega a Santa Catarina. Conforme determinação da Justiça, a guarda de Nicolas passa agora à vó materna.
Foto: Ricardo Trida/SECOM