Administração municipal afirma que 17,43% dos profissionais efetivos aderiram à greve
Com seis dias de greve, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) votou por dar continuidade à paralisação dos serviços. Uma audiência entre o sindicato e a prefeitura estava marcada para esta segunda-feira (5), com mediação da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, mas em cima da hora, o prefeito Topázio Neto (PSD) informou que não participaria da reunião.
A prefeitura alegou que não negociaria com o sindicato pois a greve foi classificada como ilegal, em sentença proferida no dia 31 de maio, pelo juiz Sérgio Roberto Baasch Luz, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Sem interrupção da greve, Bassch Luz autorizou, no dia 2 de junho, que a prefeitura pudesse demitir por justa causa os servidores paralisados e aumentou a multa do sindicato para R$ 200 mil por dia de greve.
Na última sexta-feira (3), a controladoria de Florianópolis abriu um processo administrativo com prazo de 72 horas para analisar e dar início às demissões, mas o sindicato da classe disse não se intimidar. Em vídeo, o presidente do Sintrasem, Renê Munaro, afirma que, mesmo com as demissões, a greve não acaba, e sugere que Topázio “em vez de ficar ameaçando, deveria apresentar propostas”. Confira o vídeo abaixo.
A Prefeitura de Florianópolis, por sua vez, disse que apresentou aos trabalhadores uma proposta de aumento real no pagamento, com acréscimo de 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação, o que não foi aceito pelos servidores. Sem acordo, a administração declarou que iniciou “sindicância e processo administrativo para exoneração” dos trabalhadores e que também está em “fase de contratação de terceirizados para ocupar as vagas de grevistas”.
Veja o vídeo do presidente do Sintrasem
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