19 de setembro de 2024
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Saúde

Homem é resgatado em montanha para receber transplante; entenda

Ricardo Medeiros de Oliveira fazia trilha na Serra dos Órgãos quando recebeu a notícia e foi resgatado
pelo helicóptero dos Bombeiros do RJ. Após 9 anos de espera, o transplante de rim foi bem sucedido

Uma história inspiradora envolvendo transplante de órgãos. Um homem descobriu que chegou a sua vez de receber um rim compatível quando estava no topo de uma montanha na Pedra do Sino, entre Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro.

Ricardo Medeiros de Oliveira, de 48 anos, esperava há nove anos por um rim e quando, finalmente, recebeu a notícia que tinha um doador, estava a mais de dois mil metros de altitude. Foi aí que começou uma corrida contra o tempo.

Ele fazia uma trilha – coincidentemente no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que fica na região serrana do Rio de Janeiro –, e o órgão compatível o aguardava a mais de 100 quilômetros de distância, em Juiz de Fora, na zona da mata mineira. Era inviável que ele descesse da montanha e viajasse de carro a tempo.

 

Por isso, um helicóptero dos Bombeiros do Rio foi buscá-lo. O receptor precisava chegar ao hospital em, no máximo, três horas. Apesar dos inúmeros desafios, deu tudo certo. O resgate foi feito em menos de duas horas e a cirurgia foi bem sucedida.

Logo após o procedimento, Ricardo fez questão de demonstrar sua gratidão aos bombeiros e agradeceu a chance de viver “completamente” de novo.

Sistema de transplante no Brasil

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) funciona por ordem cronológica de cadastro, mas há prioridades em meio à fila, a depender dos critérios que o paciente preenche. Com isso, a cirurgia só ocorre de acordo com necessidades médicas, o estágio de gravidade da insuficiência cardíaca, tipo sanguíneo e outras especificidades.

A compatibilidade genética é fator importante na decisão de quem receberá o órgão e o tempo de isquemia, o tempo de duração do órgão fora do corpo. No caso, a demora do transporte do órgão da origem até o transplante.

Crianças são prioridade ao concorrerem na fila com adultos, seja pelo doador também ser criança, ou por estarem diretamente concorrendo com mais velhos.

Campanha da Band

O Grupo Bandeirantes acredita que a solidariedade salva. Por isso, no dia 21 de agosto, lançou a campanha “Doe órgãos, Doe vida”, uma conscientização para a doação de órgãos e tecidos.

Todos os dias, inúmeras vidas estão em jogo, esperando uma segunda chance que só pode vir de um ato de generosidade. Converse com a sua família sobre o assunto. Só ela pode autorizar esse ato. Veja mais informações no site do Ministério da Saúde.

O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, além de ser o segundo maior transplantador, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, responsável pela garantia de 90% das cirurgias por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Há uma integração com todas as 27 centrais estaduais.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, há 617 hospitais e 1.495 equipes autorizados a realizarem transplantes no Brasil. Uma delas é liderada pelo médico Lúcio Pacheco, especialista em transplante de fígado. As etapas para um transplante acontecer são as seguintes:

  • inclusão do paciente na lista nacional de transplantes pelo médico autorizado;
  • acompanhamento da posição na fila pelos canais oficiais do governo;
  • passar pelo procedimento caso haja o órgão compatível e a posição na fila seja favorável.

Fonte: Band
Foto: Reprodução