Homicídio aconteceu em junho de 2022 por conta de uma dívida de compra de entorpecentes
Uma desavença por drogas resultou em um homicídio brutal em Caçador, no Oeste de Santa Catarina. Dois homens atraíram um usuário que devia dinheiro pela compra de entorpecentes, o esfaquearam e queimaram a vítima ainda viva, matando-a por asfixia. O crime aconteceu em junho de 2022 e, nesta semana, os homens foram condenados por homicídio duplamente qualificado. As penas de reclusão foram fixadas em 19 e 20 anos.
Na noite do crime, os réus atraíram a vítima para um contêiner abandonado, o golpearam com um estilete e incendiaram um colchão e alguns cobertores com ela ainda viva. A inalação da fumaça tóxica provocou a morte da vítima por asfixia e a propagação das chamas queimou o corpo. Na época, os réus foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina e, nesta semana, eles foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri.
O julgamento decidiu que o homicídio havia sido qualificado por motivo torpe, pois o crime foi cometido por conta de uma dívida de entorpecentes, e também meio cruel, afinal os réus utilizaram fogo para fazer a vítima sofrer. As imagens anexadas ao laudo cadavérico mostram o corpo totalmente desfigurado.
José Adalberto Chaves (tio da vítima), de 53 anos, foi condenado a 20 anos e três meses, enquanto Rionei Dias, de 30 anos, foi condenado a 19 anos, quatro meses e 15 dias. Ambos cumprirão as penas de reclusão em regime fechado e não poderão recorrer em liberdade.
O Promotor de Justiça Lucas Broering Correa conduziu a acusação contra os réus com base nas provas colhidas durante as investigações. “A atitude cruel desses homens diante de uma situação tão banal tinha que ser repudiada com uma pena severa. Eles não poderiam continuar circulando pelas ruas como se nada tivesse acontecido”, diz.
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