24 de novembro de 2024
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Educação

Mensalidades de escolas particulares em São José variam 125%, aponta Procon

Órgão municipal realiza pesquisa de preço e alerta para valores elevados e qualidade dos serviços

O Procon Municipal de São José pesquisou, na última semana, o preço das mensalidades escolares das principais instituições de ensino particular de São José. De acordo com a Prefeitura, o levantamento revelou uma diferença significativa de 124,42% nos valores para o berçário meio período e de 97,03% para o período integral.

A legislação que rege os critérios para o aumento da mensalidade escolar determina que o reajuste deve ser justificado com base na planilha de custos operacionais, considerando salários de funcionários, impostos, inflação, investimentos e inadimplência. Os pais têm o direito de exigir e acessar essa documentação e, em caso de negativa, o Procon pode ser acionado.

Embora os valores das mensalidades sejam uma grande preocupação para os pais e exijam uma boa pesquisa de preços, a diretora Clarice Costa destaca a importância de considerar também a qualidade dos serviços e do ensino da escola.

 

“Ainda que algumas mensalidades tenham um valor mais elevado que outras, é crucial ressaltar o princípio da livre concorrência”, esclarece a diretora-geral do Procon, Clarice Fátima da Costa.

O órgão alerta que é considerada prática abusiva a suspensão de provas, retenção de documentos ou proibição de entrada do aluno em sala de aula durante a vigência do contrato por motivo de inadimplência.

Materiais escolares

O Procon municipal de São José orienta os pais e responsáveis sobre itens que não podem ser solicitados na lista de material escolar. A legislação proíbe a inclusão de materiais de uso coletivo, como papel higiênico, papel sulfite, caneta para lousa, produtos de higiene, copos descartáveis, entre outros. Além disso, as escolas não podem impor a compra em papelarias específicas nem exigir marcas particulares.

A diretora do Procon, Clarice Fátima da Costa, destaca a importância de os pais monitorarem a quantidade e a real necessidade dos materiais, incluindo aqueles que não estão na lista de restrições. Caso haja dúvidas, os pais têm o direito de questionar a escola e exigir prestação de contas. Antes de adquirir todos os itens da lista, é recomendável verificar se algum deles viola a legislação, podendo, em casos específicos, denunciar o estabelecimento ao Procon.

 

Foto: Studio Formatura/Galois/Reprodução