Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) revela que 46% dos municípios catarinenses estão em alerta vermelho para a doença
O boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) deste ano revela que 47 municípios de Santa Catarina apresentam alto risco de transmissão de dengue. Outros 69 municípios apresentam médio risco e 34, baixo risco. No ano passado, era 41 o número de cidades com alto risco de transmissão da doença.
Os resultados do LIRAa auxiliam a entender o cenário de transmissão das arboviroses no estado. Os municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti precisam realizar o levantamento para a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, chikungunya e Zika.
Neste ano, 155 municípios foram orientados a realizar o LIRAa. Porém, três deles (Apiúna, Itajaí e Penha) não realizaram a atividade devido ao aumento de casos de dengue, cenário que já indica um alto índice de infestação. Nesse caso, foi acordado com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) a não realização da atividade. Os municípios de Canelinha e Trombudo Central também não realizaram a atividade. Com isso, a atividade do LIRAa deste ano foi realizada por 150 municípios.
“Os dados demonstraram um aumento significativo nos municípios classificados com médio risco. Em março de 2023 foram 38,4% dos municípios nessa condição, enquanto este ano o percentual subiu para 46%. Também ocorreu aumento dos municípios classificados em alto risco. Este cenário reflete a realidade que o estado vem enfrentando no ano de 2024 com o aumento de 650% dos casos prováveis de dengue quando comparado ao mesmo período do ano anterior”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica do estado.
Confira a lista de municípios em alto risco de transmissão da dengue:
- Abelardo Luz
- Água Doce
- Águas de Capecó
- Águas Frias
- Alto Bela Vista
- Anchieta
- Araquari
- Balneário Camboriú
- Bom Jesus
- Bombinhas
- Brusque
- Camboriú
- Chapecó
- Coronel Freitas
- Coronel Martins
- Erval Velho
- Faxinal dos Guedes
- Formosa do Sul
- Garuva
- Guabiruba
- Guarujá do Sul
- Herval d’Oeste
- Ilhota
- Ipira
- Iraceminha
- Itapema
- Joinville
- Lajeado Grande
- Luzerna
- Modelo
- Mondaí
- Paraíso
- Passos Maia
- Piratuba
- Porto Belo
- Porto União
- Quilombo
- Riqueza
- Santiago do Sul
- São Carlos
- São Domingos
- São José do Cedro
- São Lourenço do Oeste
- São Ludgero
- São Miguel do Oeste
- Tigrinhos
- Xanxerê
Além de apresentar o risco de transmissão das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o LIRAa fornece informações referentes a quantidade e o tipo de recipientes inspecionados, ou seja, locais que apresentam água, e que podem servir como criadouros para reprodução do mosquito. Foram inspecionados 148.318 depósitos, o que representa um aumento de 17,7% em relação ao LIRAa de 2023, quando foram inspecionados 126.003 depósitos.
Do total de objetos averiguados, a maioria (39%) era de recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes, seguidos por lixo e sucata (30,1%) e os recipientes fixos como calhas e piscinas (14,8%).
Foto: Agência Brasil