Investigado se apresentava como ‘representante da Lamborghini’ e teria criado criptomoeda
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) uma operação contra um grupo criminoso supostamente liderado pelo empresário mexicano Antonio Fernández Garcia, conhecido por afirmava querer implantar uma fábrica da marca de carros italiana Lamborghini em Santa Catarina.
Os policiais cumpririam um mandado de prisão preventiva e de busca apreensão na casa do empresário em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, mas ele não foi encontrado e é considerado foragido. A Operação Second Place (‘Segundo Lugar’, em inglês) investiga o grupo, que seria responsável por um esquema de pirâmides utilizando criptomoedas com atuação em diversos estados do país.
No total, a PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, também nas cidades de Itapetininga/SP, Campinas/SP, Cabo de Santo Agostinho/PE, Paulista/PE e Belmonte/BA, além de solicitar o bloqueio de bens de nove pessoas físicas e seis de pessoas jurídicas.
As investigações que levaram às ações de hoje tiveram início a partir da Operação Technikós, deflagrada em setembro de 2022, que teve como alvo a comercialização indevida de produtos da Lamborghini e a criação de uma criptomoeda para a empresa de Garcia, que teria se associado também a criminosos de outros estados envolvidos em pirâmides financeiras e movimentações de capital sem a autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Antonio Fernández Garcia já havia sido condenado nos Estados Unidos em junho de 2020, por falsificação de contrato e assinatura falsa, e teve de pagar a quantia de seis milhões de dólares.
A investigação apura os crimes de associação criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, estelionato, fraude com utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros, e evasão de divisas e, no total, podem chegar a 21 anos de prisão.
Foto: Divulgação/Polícia Federal