Na sessão da Alesc desta terça-feira, deputados pediram a liberação de mais recursos de Brasília para debelar a doença / Foto: Bruno Collaço / Agência AL
A problemática da dengue, no caso específico da Santa Catarina, não deve ter culpa hipotecada para ninguém. O trabalho de conscientização do controle em cada lar ou terreno deve ser continuado. Trata-se de uma obrigação coletiva entre agentes públicos e sociedade. No entanto, os lamentos dos deputados sobre as superlotações de postos de saúde também devem ser levados em conta. Cabe também a eles a responsabilidade de cobrar por mais recursos de Brasília, por exemplo, para ajudar no combate à doença e ao mosquito Aedes.
É sabido que cerca de 95% dos leitos de UTIs estão ocupados, enfermarias estão sobrecarregadas com a dengue e as doenças respiratórias. Esse foi um ponto tocado pelos deputados na sessão desta última terça-feira (9). Sendo assim, com tanta gente sintomática, são muitas horas de espera por atendimento, e os municípios também têm suas responsabilidades, não apenas os governos estadual e federal.
Para piorar, começam a surgir casos de influenza, e todos os sistemas de saúde ficam sobrecarregados. As vacinas parecem ser a melhor alternativa. Não vejo, portanto, motivos para críticas unicamente à Secretaria de Estado da Saúde.
Economia: indústria catarinense registra expansão da produção
A produção industrial catarinense cresceu 6,6% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período em 2023. O crescimento foi acima da média nacional (4,3%) e mostra sinais da recuperação da indústria, principalmente em setores representativos no estado, como o de produtos de madeira e o têxtil. Segundo o diretor setorial da Facisc, Lito Guimarães, o crescimento demonstra a volta da confiança dos empresários industriais catarinenses. “Esses números foram fantásticos para Santa Catarina, comparativamente à média nacional. O resultado é importante para as expectativas de crescimento da economia catarinense e eles representam claramente uma confiança maior dada pelos empresários em termos das perspectivas oferecidas pelo mercado”.
Segundo os dados divulgados pelos IBGE nesta terça-feira, 9/4, e analisados pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc (CIE), com exceção das indústrias de móveis e confecção, todos os setores catarinenses registraram expansão da produção na análise interanual do bimestre.
Os líderes no crescimento foram as indústrias que produzem bens de capital, como os setores de equipamentos elétricos e de máquinas e equipamentos. Os efeitos defasados da política de redução da taxa de juros vem proporcionando maior concessão de crédito para as empresas investirem na ampliação de sua capacidade produtiva.
Já a indústria têxtil catarinense registrou o maior crescimento do país na análise interanual do bimestre, 10,2%. Dada a aproximação do inverno, o setor foi estimulado pela fabricação de artefatos têxteis de uso doméstico, como roupas de cama, edredons e cortinas.