Foto: Reprodução / Marco Favero / SECOM
O inquérito policial foi instaurado contra Roberto Salum no dia 27 de março
A Polícia Civil de Santa Catarina anunciou nesta sexta-feira a conclusão dos inquéritos que investigavam as denúncias de assédio sexual contra o ex-diretor do Procon Estadual, Roberto Salum. Os resultados das investigações revelaram um panorama complexo, envolvendo não apenas acusações de assédio sexual, mas também questões relacionadas ao porte ilegal de arma de fogo e intimidação sistemática.
Salum foi indiciado pelos crimes de assédio sexual, importunação ofensiva do pudor, ambos previstos no Código Penal, e também por porte ilegal de arma de calibre restrito. Os inquéritos foram conduzidos com rigor, contando com o depoimento de doze pessoas e a realização de diversas diligências, incluindo a elaboração de relatórios técnicos de investigação.
Uma das investigações, conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capital, apurou denúncias feitas por uma vítima recentemente contratada, envolvendo assédio sexual, importunação sexual e porte ilegal de arma de fogo. O ex-diretor do Procon foi indiciado por estes crimes, sendo que as acusações estão respaldadas nos artigos 215-A e 216-A do Código Penal, além do artigo 16 da Lei n. 10.826/03.
Por sua vez, o inquérito instaurado na 1ª Delegacia de Polícia da Capital investigou a prática de crimes contra a honra e de intimidação sistemática, também atribuídos a Salum. Neste caso, foram realizadas diversas oitivas e juntadas 16 denúncias e reclamações registradas no Sistema de Ouvidoria do Estado de Santa Catarina. As acusações descrevem a prática reiterada de atos de intimidação e pressão psicológica contra servidores do Procon Estadual.
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Durante as investigações, ficou evidente que Salum estava armado em diversas ocasiões, tanto de forma velada quanto ostensiva, sem a devida autorização para o porte de arma. Essa constatação reforça a gravidade das acusações e a complexidade do caso.
Os inquéritos serão remetidos ao Ministério Público Estadual, que decidirá se oferece ou não denúncia contra Roberto Salum. A conclusão dessas investigações representa um passo importante no combate ao assédio sexual e outras formas de violência, além de reforçar a importância da apuração rigorosa de casos dessa natureza.