Na quinta-feira, o ministro Renan Calheiros Filho passou por Santa Catarina. Veio para entregar pequenas obras, atendendo caminhoneiros com um ponto de descanso, que nada mais é do que um estacionamento para os grandes veículos, e um novo viaduto. O que é muito bom e SC agradece, sensibilizada.
Mas no principal, a União segue devendo ao estado. O titular dos Transportes sob Lula III sinalizou que não há recursos de maior monta para a infraestrutura no atual exercício.
Ou seja, melhorias reais em algumas das principais BR’s é o de sempre: talvez, quem sabe, um dia pode acontecer.
Aquilo que mais angustia momentaneamente os catarinenses é a situação da BR-101 Sul, que teve o trânsito interrompido por 36 horas esta semana, gerando enormes prejuízos e transtornos.
A solução é a construção de um túnel, com custo bilionário. Nestes termos, Renan deixou claro que isso não é prioridade para Brasília.
Passos de cágado
A duplicação da BR-101, vale rememorar, foi uma novela já nos anos 1990 e primeira década do século 21. Duplicações de trechos curtos da 470 e da 280 se arrastam há 10, 15 anos. Sem falar no contorno viário da Grande Florianópolis, atrasado há quase 13 anos. Esse é o modus operandi do PT.
Soluções
Sobre o túnel no Morro dos Cavalos se não há recursos públicos, que se faça pela via privada o urgente e necessário túnel.
Teto
No primeiro ano de Lula III até que alguns recursos vieram para as rodovias, muito mais significativos do que nos quatro anos de Bolsonaro. O que só foi possível pelo estourou bilionário do teto de gastos, conta que logo, logo começará a chegar para todos.
Realidade
Mas esse ano já se percebe que a coisa vai bater na trave mais uma vez. Agora não se pode perder de vista que a ausência do governador, que estava em Brasília, nas agendas com Renan Filho no estado enfraquece os pleitos catarinenses.
Alhos e bugalhos
Sim, Jorginho Mello é da oposição ao lulopetismo, correligionário de Bolsonaro e governa um estado conservador e bolsonarista. Mas independentemente disso, é preciso reivindicar à União, articulando-se com as federações empresariais e a bancada federal catarinense.
Negócio lucrativo
Em 2022, Santa Catarina foi o quinto estado que mais mandou dinheiro para Brasília, só ficando atrás do poderoso São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Na outra ponta, no que se refere ao retorno de verba federal ao estado, ficamos em antepenúltimo lugar, só à frente de Roraima e DF, atrás de Mato Grosso e Rondônia.
Inaceitável
Não se pode aceitar esse quadro. O ranking de 2023 ainda não foi liberado pela Secretaria do Tesouro Nacional, o que deverá ocorrer em maio. Mas não vai mudar o quadro.
SC despontando no envio de verba ao governo federal e ficando na rabeira quando o assunto é o retorno.
Trabalho e meritocracia
O estado é de ponta, produtor, organizado e com as mais variadas etnias de origem europeia que tornam Santa Catarina uma unidade federada diferenciada.
Caminhamos com as próprias pernas no dia a dia, mas para grandes investimentos, principalmente na questão da infraestrutura, dependemos da União. Que debocha e escarnece dos catarinenses há décadas.
Soltar o verbo
Passou da hora de deixar de lado questões ideológicas e partidárias. Tanto por parte de Jorginho Mello como de Lula da Silva, que, aliás, já está chegando a 16 meses no poder e ainda não pisou no estado.