25 de novembro de 2024
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Policial

Operação contra desvios de recursos do SUS cumpre mandado em Balneário Camboriú

Foto: Divulgação/PF

Investigação parte de outra operação que descobriu desvios de pelo menos R$ 14 milhões

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (23) uma operação com o objetivo de recuperar valores que teriam sido desviados do Sistema Único de Saúde (SUS) por uma possível organização criminosa envolvida na ocultação desse dinheiro no Paraná.

A Operação “Moto-perpétuo” cumpre 13 mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados em ação coordenada em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, Curitiba e São Paulo.

 

São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e organização criminosa, com penas que podem chegar até 18 anos de prisão. A Justiça autorizou o bloqueio de valores acima de R$ 10 mil, cotas sociais de duas empresas cujo capital totaliza R$ 500 mil, 10 imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões e a apreensão de veículos de lixo. No total, a investigação que levou à operação de hoje identificou quase R$ 30 milhões em bens ocultados.

Dentre os bens sequestrados, um dos apartamentos tem valor superior a R$ 10 milhões de reais e, embora seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de empresa fictícia que tem como como sócio uma pessoa que recebeu o Auxilio Emergencial do Governo Federal.

Grupo teria desviado R$ 14 milhões

A Operação “Moto-perpétuo” foi deflagrada após suspeitas levantadas durante a deflagração da Operação “Fidúcia”, também conduzida pela Polícia Federal, que identificou um esquema em que os investigados utilizavam Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos públicos do SUS.

No total, aproximadamente R$ 14 milhões teriam sido desviados nas cidades objetos da investigação, embora a auditoria da Controladoria Geral da União tenha apontado que o desvio seria de R$ 70 milhões em todo o Paraná.

Durante a investigação atual, novos elementos foram angariados, indicando que os investigados teriam adquirido diversos bens em nome de terceiros para ocultar os valores desviados. Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de “laranjas”, com o auxílio de um advogado e um contador.