24 de novembro de 2024
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Saúde

Mais de 33 mil crianças foram hospitalizadas após quedas em 2023

Os dados são da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e alertam para a prevenção

As quedas foram responsáveis pela internação de mais de 33 mil crianças menores de 10 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023. Os dados foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A entidade destaca que de 2014 a 2023 o número de internações nessa mesma faixa etária superou mais de 335 mil casos.

Essa estatística será apresentada no 4º Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas, que inicia na próxima quinta-feira (25) e segue até o dia 27 de abril em Brasília. O maior número de acidentes desta natureza envolve a faixa etária dos 5 aos 9 anos, com 197.567 internações. Em seguida estão crianças de 1 a 4 anos, com 111.567 internações. Logo após são as crianças com menos de 1 ano que precisaram ser internadas 26.413 vezes.

A SBP acredita que grande parte desses acidentes poderia ter sido evitada com medidas simples de prevenção. Assim é fundamental manter cuidados preventivos para evitar acidentes e proteger a integridade física dos pequenos.

As principais situações de quedas ocorrem devido a escorregões, tropeços ou passos em falso; quedas de estruturas como escadas ou brinquedos em parques, de mobílias cama e de árvores.

Orientações

Para garantir a integridade das crianças ou até mesmo óbitos a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta alguns procedimentos preventivos por faixa etária. Confira:

Crianças com menos de 1 ano

Nunca deixe o bebê sozinho no trocador ou em locais mais altos, como a cama. Devido a cabeça mais volumosa em relação ao resto do corpo, ela chegará primeiro ao chão, podendo causar traumatismos cranianos e encefálicos graves.

Quando o bebê começa a sentar tem a tendência de jogar o corpo para trás. Com isso, o uso de almofadas e a presença do adulto cuidador são fundamentais”.

Ao carregar o bebê no colo em escadas e degraus use o corrimão como apoio. Evite pisos lisos, molhados ou escorregadios.

Nunca deixe o bebê sob os cuidados de outra criança.

O andador não deve ser usado. Ele prejudica o desenvolvimento e o andar da criança e tem sido causa de graves acidentes, com traumatismos cranianos significativos.

Não deixe o bebê em sofás ou cadeiras, como se fosse um apoio para aprender a sentar. Brincar no chão, protegido, lhe dará muito mais espaço para se mover e desenvolver suas habilidades motoras.

Crianças de 1 a 4 anos

Coloque telas nas janelas, sacadas e vãos desprotegidos, assim como laterais de escadas. Não deixe objetos, cadeiras, sofás e outros apoios próximos desses lugares de risco.

Cuidado com superfícies molhadas e escorregadias que provocam o desequilíbrio e as quedas.

Escolha bem os brinquedos de locomoção, como triciclos, patinetes e skates, que suportem o peso da criança e que tenham uma base segura, sem tombar com facilidade. Devem ser utilizados em locais apropriados e com os equipamentos de segurança, como capacete, joelheiras, tornozeleiras e cotoveleiras.

Cuidado com as camas do tipo beliche, que não oferecem segurança em nenhuma idade. Mesmo com proteção nas laterais, elas não são indicadas nos primeiros anos de vida e nem mesmo para crianças maiores.

Nunca deixe a criança sozinha, sem um adulto cuidador atento a ela.

Crianças de 5 a 9 anos

A exploração de lugares além da casa pode se tornar intensa, e as quedas de muros, lajes, árvores e brinquedos em parques são comuns. A orientação e supervisão dos responsáveis são fundamentais.

Fundamental o uso equipamentos de segurança como capacete, cotoveleira, joelheira e tornozeleira nos brinquedos de locomoção, como bicicletas, patinetes, skates e outros.

O uso do celular e de outras telas não pode ser permitido quando a criança está em movimento, pelo desvio de atenção.

Informações: Agência Brasil

Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil