Santa Catarina amplia ajuda ao Rio Grande do Sul com profissionais e equipamentos em várias frentes / Foto: Ricardo Wolffenbüttel / SECOM
Sem dúvida, o Estado de Santa Catarina ter formado uma verdadeira força-tarefa para ajudar o Rio Grande do Sul, desde que o estado vizinho foi afetado por fortes chuvas e enchentes. Por determinação do governador Jorginho Mello entraram em campo as secretarias de Estado da Proteção e Defesa Civil, Assistência Social, Mulher e Idoso, da Saúde e da Segurança Pública, por meio das Polícias Militar, Civil, Científica e Penal, além do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e das Centrais Elétrica de Santa Catarina (Celesc) e da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Os números deixam evidente o esforço adotado para que o Rio Grande do Sul conte com o suporte dos catarinenses. Na linha de frente no salvamento e na ajuda humanitária, até esta quarta-feira, 15, 3.778 pessoas e 519 animais domésticos foram resgatados por bombeiros ou policiais militares catarinenses. Além de 18 vítimas fatais. Pelo menos 42 bombeiros compõem a equipe de socorro, e mais cinco cães de busca. Nesta terça-feira, 15, se somaram à força tarefa, 60 profissionais da Celesc. Na composição, 10 caminhões e 50 eletricistas, além de técnicos, pessoal de apoio logístico e engenheiros.
Depois do “mal entendido” Lages parte para o socorro a Muçum, no RS
Vários municípios de Santa Catarina, solidários, emprestaram não somente estrutura de maquinaria para ajudar na reconstrução de cidades assoladas pela enchente, no Rio Grande do Sul, mas também servidores e voluntários bem dispostos. Na Serra, havia a expectativa por Lages também tomar uma atitude no mesmo sentido. Eis, que na segunda-feira (13), o titular da Defesa Civil, Anildo Tadeu Antunes ocupou espaço na imprensa para anunciar, que a Prefeitura estaria adotando a cidade de Muçum, no Vale do Taquari. Em tempos difíceis, também para os gestores de Lages, uma boa atitude, mas algo diferente aconteceu. Surgiu a negativa do propósito, vinda do coordenador da comunicação, afirmando num forte grupo de WhatsApp, de que a notícia não procedia. Bastou para que uma saraivada de críticas acontecesse.
Constrangimento desfeito
De qualquer forma, algo novo aconteceu internamente após o desentendimento, e na terça-feira (14), o constrangimento foi desfeito, e o homem da Defesa Civil seguiu para Muçum com a estrutura prometida, com dez servidores da Prefeitura de Lages, a maioria da Defesa Civil, mais dois voluntários, além do maquinário, composto por duas retroescavadeiras, duas caçambas, um caminhão com escavadeira hidráulica e duas viaturas. O processo transcorreu dentro dos conformes, com o prefeito Antonio Ceron assinando o decreto autorizando Lages a ceder bens ao município de Muçum. O decreto tem validade por trinta dias, podendo ser prorrogado conforme a necessidade. Enfim, a inciativa se consolidou. Mas ficou o sentimento de que a gestão municipal está batendo cabeça. Outros exemplos, sem explicação, se sucedem com as licitações e pregões envolvendo a Festa Nacional do Pinhão e o Recanto do Pinhão, feitos na última hora. Assuntos para outro momento.
Decisões mais concretas na terceira visita de Lula ao RS
Em terceira visita ao Rio Grande do Sul desde o início das enchentes que devastaram o estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (15), que os governos precisam trabalhar com agilidade para dar respostas à população. Lula participou de uma solenidade em São Leopoldo do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, para anunciar novas medidas de socorro à população, incluindo o pagamento de um benefício de R$ 5,1 mil para as famílias afetadas pelas inundações, além de um programa de reconstrução de moradias populares. Afirmou que se burocracia existe, que seja então desmontada. Lula ainda alertou que, se a resposta do poder público não for rápida, as instituições perdem credibilidade e abrem caminho para desestabilização política. Desta vez, as palavras soaram com maior coerência. Durante a visita, Lula também esteve em um abrigo em São Leopoldo e conversou com famílias que tiverem que deixar suas casas.