25 de novembro de 2024
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Policial

Adolescente de 16 anos é investigado por golpes com falsas doações ao RS

Fotos: Divulgação/PCRS

Investigado foi alvo de buscas em cobertura de luxo em Balneário Camboriú

Um adolescente de 16 anos de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, tornou-se alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) na última sexta-feira (24) após aplicar golpes que simulavam campanhas de arrecadação de doações às vítimas das enchentes no estado gaúcho.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo um deles em uma cobertura de luxo, e os outros no interior do estado. A ação foi realizada pela Força-Tarefa Cyber da PCRS no âmbito da Operação Dilúvio Moral e contou com apoio operacional da Polícia Civil de Santa Catarina, através da DIC de Balneário Camboriú. Foram apreendidos computadores, celulares e equipamentos eletrônicos que eram utilizados para praticar golpes.

 

Como funcionava o esquema

Segundo a Polícia, o adolescente teria criado um site de internet que simulava uma página oficial do Governo gaúcho alarmando a população sobre a tragédia. A página então direcionava os usuários a uma nova página falsa que simulava o site “Vakinha” de financiamento coletivo, em que se se divulgava uma suposta campanha de arrecadação de doações.

A página, inclusive, era impulsionada pelas redes sociais, a fim de atingir o maior número possível de pessoas.

Para dar aparência de licitude à página, o design dela foi adulterado a fim de mostrar que a “campanha” já teria acumulado mais de R$2,7 milhões. Na verdade, se tratava de um valor fictício, sendo mais um artifício para induzir o usuário a erro.

Na página simulada, era divulgado um QR Code que permitiria o pagamento via pix. A partir de então, o valor da suposta contribuição era redirecionado de uma loja virtual para um site de pagamentos, que repassava o valor para o local indicado pelo golpista.

No caso, o valor era repassado para uma empresa de treinamentos e serviços de que o adolescente era sócio proprietário. Assim, o valor era captado pelo golpista com aparência de licitude, uma vez que simulava a “venda” de um produto ou serviço de sua empresa.

Golpista se intitula “Mr. Money” na internet

Todas as páginas envolvidas na fraude foram removidas da internet assim que identificadas pela Força-Tarefa Cyber, que pediu também o bloqueio de todas as contas bancárias vinculadas ao CPF e aos CNPJs do investigado.

Segundo a investigação, o adolescente infrator se apresenta nas redes sociais como “Dr. Money” e afirma ter atingido seu primeiro milhão aos 15 anos de idade. Além disso, o menor é sócio proprietário de duas empresas. O suspeito também se utiliza da rede social para ostentar elevado padrão de vida, publicando fotos e vídeos em imóveis de luxo e rotineiramente publica comprovantes de recebimento de altos valores oriundos de pagamentos realizados através de redes sociais.

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Ainda na sexta-feira, a Justiça atendeu ao pedido da Força-Tarefa de bloqueio de valores de até R$ 1 milhão em cada conta de responsabilidade do suspeito e das empresas vinculadas.

A partir de todo o conjunto probatório obtido na investigação, somados aos objetos eletrônicos apreendidos durante a operação, as investigações seguirão no sentido de buscar novas provas e também eventuais novos integrantes do grupo.