24 de setembro de 2024
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Cotidiano

Projeto de melhoramento fluvial no rio Itajaí-Açu visa prevenção de enchentes

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

A ação possui um investimento de R$ 16,2 milhões

A obra de melhoramento fluvial no rio Itajaí-Açu, que tem como objetivo prevenir enchentes no Vale, inclui na fase atual 8,2 km de desassoreamento, fortalecimento das margens com retaludamento e recomposição da mata ciliar. O investimento total do Governo catarinense para o projeto será de R$ 16,2 milhões.

Durante as primeiras etapas do projeto, foram retirados diversos tipos de detritos do leito do rio, incluindo pneus, lixo doméstico e até mesmo aparelhos eletrônicos como geladeiras e televisores. Esses resíduos são encaminhados para locais específicos de descarte, como o “Bota Fora”, uma espécie de porto temporário nas margens do rio. O governador Jorginho Mello enfatizou a importância da ação para a comunidade local.

 

“Esse é um grande projeto e estamos cheios de esperança de que vamos aliviar o sofrimento de quem vive na região do Médio e Alto Vale e, com recorrência, vem sendo atingido por enchentes. Sabemos que é um longo e complexo processo e estamos fazendo tudo com muita seriedade, mas a o Governo também precisa da ajuda da sociedade. As pessoas precisam se conscientizar sobre a importância de cuidar da natureza e evitar jogar lixo nas ruas. São materiais que depois acabam entupindo bueiros e também indo para os rios”, declarou Jorginho.

Para a execução do projeto, são utilizados equipamentos específicos capazes de se adaptar às variadas profundidades do rio, que variam de 40 centímetros a três metros. A operação envolve plataformas equipadas com retroescavadeiras hidráulicas, rebocadores e balsas contêineres, cada uma com capacidade para aproximadamente 80 metros cúbicos de material retirado, incluindo pedra, areia, madeira e vegetação.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

Além das ações aquáticas, a iniciativa também abrange a remoção de vegetação quebradiça nas margens do rio, que não resiste às fortes chuvas, enquanto a mata ciliar nativa é preservada. O engenheiro responsável pela obra, Denílson Sardá, explica: “A gente não vai retirar toda a vegetação e sim a parte que está prejudicando na hora que levanta a água. Que são aquelas que estão penduradas, que estão caindo ou que estejam muito velhas. Ou mesmo aquelas enraizadas pequenas que são coisas que só servem para segurar a sujeira, a gente está fazendo essa limpeza. E a preservada a gente não pode mexer, essa continua” afirma.

Este projeto surgiu após um estudo da Japan International Cooperation Agency (Jica) que recomendou melhoramentos em cinco pontos específicos na área urbana de Rio do Sul. No entanto, sob a orientação do governador Jorginho Mello, a ação foi ampliada para cobrir um trecho maior, incluindo 4,5 km no rio Itajaí-Açu, 3 km no rio Itajaí do Oeste e 700 metros no rio Itajaí do Sul.

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O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza, destaca a abrangência da obra: “Esse serviço que está sendo desenvolvido na área urbana de Rio do Sul, envolve tudo isso que estava previsto inicialmente nos estudos da Jica e nos projetos posteriores, mas também e, principalmente, o desassoreamento de todo o trecho de 8,2 km, sendo 4,5 km no rio Itajaí-açu, 3 km no Rio Itajaí do Oeste e 700 metros no rio, Itajaí do Sul” conclui.