21 de setembro de 2024
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Policial

Quadrilha do “falso sequestro” é desarticulada

Em Florianópolis a operação foi realizada no bairro Rio Vermelho. Imagem: PCSC.

Os golpes eram realizados em pelo menos 16 estado brasileiros

Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio das polícias civis de Santa Catarina e do Rio de Janeiro desarticulou, na última quinta-feira (20) uma quadrilha especializada em extorsões com o golpe do “falso sequestro”. Na ação foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Santa Maria, no Distrito Federal, Florianópolis, e no estado do Rio de Janeiro. Na capital catarinense a Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS/DEIC) realizou a prisão de um dos integrantes do grupo, no Bairro Rio Vermelho.

A operação, denominada “Rael”, teve início em outubro de 2023 a partir de uma investigação que apurou o golpe que um idoso, morador do Distrito Federal, foi vítima. O grupo permaneceu com a vítima no celular por 20 horas sob a ameaça que o filho estava sequestrado.

Segundo a Polícia Civil, os golpes eram realizados com o suporte de uma engenhosa rede criminosa e com diversos núcleos. Os líderes, com grande conhecimento de informática, compravam dados de potenciais vítimas em “painéis” disponíveis na internet e repassavam as informações para os comparsas que realizavam o contato com as vítimas.

As ligações eram feitas de duas penitenciárias do Rio de Janeiro por detentos no regime semi-aberto do Estado do Rio de Janeiro. A partir do momento que as vítimas caiam no golpe eram mantidas no telefone e orientadas a colocar cartões bancários e objetos de valores em sacolas que eram recolhidas por “entregadores”. Os golpes ocorreram nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Acre, Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo e no Distrito Federal.

Saques eram realizados com os cartões bancários e os objetos de valores, como joias, eram remetidos para uma agência dos Correios em Niterói, no Rio de Janeiro, onde eles eram recolhidos pelos líderes do grupo. No total foram identificados 10 criminosos, dos presos responsáveis pelas ligações, “entregadores” e todos os líderes. Todos responderão pelos crimes de extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A pena pode chegar até 31 anos de prisão.