Os trabalhos foram realizados em sete estados brasileiros. Imagem: MPSC.
Os esquemas teriam movimentado R$ 90 milhões em todo o país
A operação, denominada “Mão Fantasma” foi realizada na manhã desta quarta-feira (10) em sete estados brasileiros. O objetivo foi desarticular três quadrilhas que atuavam em vários estados brasileiros com fraudes bancárias, principalmente com golpes conhecidos como “mão fantasma” ou “acesso remoto” e a “falsa central de atendimento”. Os acusados teriam cometido 250 golpes e movimentado R$ 90 milhões nos últimos 10 anos.
Os trabalhos foram realizados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), através do CyberGAECO, e pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC). Foram cumpridos 34 mandados de prisão preventiva e 73 mandados de busca e apreensão. Os trabalhos foram realizados em Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Ceará. As investigações apontam ainda que existem possíveis vítimas em todo o país.
As ordens judiciais autorizaram o bloqueio de bens, valores e criptoativos de 44 pessoas físicas e jurídicas. Da mesma forma, a apreensão e o registro de indisponibilidade e restrição de transferência de veículos de luxo para assegurar o ressarcimento das vítimas. A operação teve o apoio das polícias civis de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará e da Paraíba, Além do GAECO e Ministério Público da Bahia.
Confira as imagens da operação:
Início das investigações
As investigações tiveram início em duas frentes. Uma delas ocorreu em 2022 na Delegacia Ascurra, no Alto Vale do Rio Itajaí-Açú, com o apoio técnico do CyberGAECO, depois que diversos boletins de ocorrência foram registrados. As vítimas informaram que tiveram valores subtraídos de contas bancárias por aplicativos em celulares. Os bandidos simulavam falsas centrais de atendimento de instituições financeiras e levaram as vítimas a instalar um aplicativo que controlava o aparelho.
Durante os trabalhos foram identificados os suspeitos que operavam as falsas centrais, que obtinham os dados das vítimas, disparavam os SMS falsos e os que criavam as contas bancárias em nome de “laranjas” para recepcionar os valores roubados. Apenas em Santa Catarina as quadrilhas cometeram 255 furtos e estelionatos desviando mais de R$ 5 milhões de reais das vítimas.
A segunda frente foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Turvo, no Sul do Estado, com apoio da DEIC. O trabalho iniciou depois que uma idosa de 70 anos que, acreditando estar em contato com funcionários de uma instituição financeira, foi enganada e teve o prejuízo de R$ 86.550,00.