Foto: Ricardo Wolffenbüttel / SECOM
Monitoramento da Cidasc identificou ácido ocadaico nos animais
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) determinaram a suspensão da retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves em toda costa catarinense. A determinação foi anunciada na última sexta-feira (26) para, segundo a Cidasc, preservar a saúde dos consumidores.
A suspensão foi aplicada devido à detecção de ácido ocadaico em ostras vieiras, mexilhões e berbigões em praticamente todos os municípios onde estes animais aquáticos são cultivados. O cultivo de moluscos bivalves é monitorado constentemente pela Cidasc por meio de análises para detectar a presença de contaminantes microbiológicos e também de ficotoxinas e algas produtoras de toxinas.
Toxinas como o ácido ocadaico podem ser detectados nos moluscos pois, ao se alimentar, esses animais podem absorver algas que produzem essas substâncias tóxicas. A toxina não é prejudicial para os moluscos, no entanto, se consumidos pelo ser humano provocam sintomas gastrointestinais como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
Os resultados obtidos nas análises da água indicaram uma grande floração da alga produtora da toxina e, associada às análises realizadas na carne dos moluscos nos últimos dias, levaram à decisão de suspensão. A Cidasc recomenda também que a população não consuma estes animais aquáticos retirados de bancos naturais, como costões e beira de praia.
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“Este é um evento natural que pode ocorrer em determinadas épocas do ano e tem relação com diversos fatores como correntes marítimas e condições climática”, explica o médico-veterinário Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e das Abelhas na Cidasc.
A Cidasc intensificará o monitoramento nos próximos dias e, havendo mudança no quadro, avaliará se é possível liberar a retirada, a comercialização e o consumo dos moluscos sem que haja risco para a saúde humana.