Foto: TJSC
Tribunal do Júri condenou Lucas de Oliveira a 34 anos, 4 meses e 25 dias de prisão
O Tribunal do Júri da comarca de Lages, na Serra catarinense, condenou nessa quarta-feira (4) Lucas de Oliveira a 34 anos, 4 meses e 25 dias de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado da ex-companheira de 19 anos, Ana Júlia dos Santos Floriano, que estava grávida.
Durante o interrogatório, o acusado confessou ter matado a ex-companheira com um revólver calibre 38 no apartamento onde ela morava, mas negou o conhecimento da gestação. O júri durou cerca de 12 horas e foi acompanhado por familiares de Ana Júlia e de Lucas, estudantes e advogados.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homicídio teve três qualificadoras: o feminicídio, pois o crime foi cometido no âmbito na violência doméstica e familiar; o motivo torpe, pois o réu agiu movido pelo ciúme; e o recurso que dificultou a defesa da vítima, afinal os disparos impossibilitaram qualquer reação; além de aborto sem consentimento da gestante.
O Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem, reconheceu que o acusado praticou todos os crimes pelos quais foi denunciado. Eles ouviram nove testemunhas, cinco de acusação e quatro de defesa, e acompanharam o interrogatório do réu.
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Cabe recurso da sentença ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas o direito de recorrer em liberdade foi negado.
Relembre o caso
O assassinato de Ana Júlia aconteceu em 16 de junho de 2021, em um apartamento no Centro de Lages, e gerou grande comoção social. No dia do crime, ela conversava com a prima no apartamento, quando foi surpreendida pela chegada de Lucas. Iniciou-se, então, uma discussão com agressões, que resultou em três tiros e no homicídio.
Na época, o réu ainda fugiu da cidade e permaneceu foragido durante um ano e dois meses, até ser preso na região Sul do estado. A fuga foi registrada por câmeras de videomonitoramento de estabelecimentos próximos e as imagens ajudaram a formar evidências.