Foto: Cedida ao TVBV Online por Rafael Castro
Área atingida foi maior que dois campos de futebol
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) divulgou nesta terça-feira (1º) os resultados do inquérito sobre o incêndio que se alastrou por 23 mil metros quadrados em área de morro e vegetação nativa nos bairros Pantanal e Saco dos Limões em Florianópolis, ocorrido no último dia 11 de setembro.
Na coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, o delegado responsável pelo inquérito, Otávio Lima, titular da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, afirmou que o fogo foi ateado por um homem que pretendia limpar a área de mata para fazer uma plantação de tubérculos, como batatas e mandiocas.
“Ele foi indiciado por crime ambiental culposo, uma vez que agiu de forma negligente, mas sem a intenção de atear fogo à mata”, disse o delegado Otávio. A pena aplicável é de detenção de seis meses a um ano, mais multa.
Segundo apurado pela investigação, o terreno havia sido emprestado pelo dono ao acusado, para que o homem fizesse uma pequena plantação. Ainda durante a coletiva, o delegado Pedro Mendes, Diretor de Polícia da Grande Florianópolis, enfatizou que o incêndio em vegetação da Capital não tem nenhuma ligação com os incêndios florestais que estão sendo registrados no país.
A reunião contou também com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC).
Fogo colocou casas em risco
O incêndio iniciou no fim da tarde do dia 11 de setembro e se aproximou de residências. Moradores tentaram controlar a situação com baldes. O Corpo de Bombeiros (CBMSC) foi acionado por volta das 17h40, mas como a área atingida é íngreme, o trabalho dos militares foi dificultado. Foram utilizados equipamentos como batedores, abafadores e bombas de água portáteis.
“Começamos o trabalho com seis homens, mas em função do terreno ser de difícil acesso ampliamos esse número para 20 bombeiros, seis viaturas e um drone”, disse. As chamas foram controladas ainda durante a noite.
“Como havia perigo de atingir as residências, pois a vegetação estava seca e o vento forte, nós optamos por fazer um monitoramento até o dia seguinte, garantindo assim a segurança de todos os moradores da região.
O perito Cassiano Fachinello Bremm, superintendente regional da Polícia Científica em Florianópolis, disse que a área atingida foi de cerca de 23 mil metros quadrados. “Trabalhamos em conjunto com o Corpo de Bombeiros para somar esforços em busca dos resultados para contribuir com a investigação”, afirmou.