13 de outubro de 2024
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Paulo Chagas

Alesc retoma a rotina das sessões e encontros das comissões

A retomada nesta terça-feira (8), marca o fim do calendário especial adotado em períodos eleitorais / Foto: Solon Soares/Agência AL

Com o fim do período eleitoral, e diga-se de passagem, sem o segundo turno me Santa Catarina, a normalidade volta para o Legislativo catarinense. A partir desta terça-feira (8), portanto, já acontecem as sessões plenárias, reuniões de comissões, audiências públicas, entre outras atividades parlamentares que estiveram suspensas em virtude do calendário especial elaborado no primeiro semestre do ano, justamente em razão da campanha eleitoral. As sessões ordinárias serão retomadas no horário regimental: às terças e quartas, a partir das 14 horas, e às quintas, às 9 horas. As reuniões das comissões retornam a partir desta terça-feira (8). Seja como for, a normalidade dos trabalhos marca o fim do calendário especial, praticado durante o período que antecede as eleições. Isso vem sendo feito na Casa, desde o ano 2000. Permite assim, aos parlamentares atuarem nas suas regiões bases, em apoio a candidaturas afins.

Protagonismo feminino no pleito municipal

Sem dúvida a participação das mulheres em Santa Catarina, nestas eleições, reforçam um empoderamento cada vez maior. Fato altamente positivo no campo político. Um estímulo à participação delas em pleitos futuros. Elas estarão governando em 39 prefeituras. Some-se ainda, a presença na condição de vice. São mais 41. Mais à frente, vou tratar da questão das mulheres nas Câmaras de Vereadores. Em torno do assunto, reforço o fato de, pela primeira vez, Balneário Camboriú e Lages, contarem com a eleição de uma mulher pela primeira vez na história. No caso de Lages, precisou quase 258 anos para isso acontecer.

Particularidades de Carmen Zanotto, em Lages

Carmen ainda compre missão como deputada federal / Foto: Alan Borges

Carmen Zanotto, enfermeira de profissão, tem larga experiência política, tendo sido vereadora e deputada federal eleita nos três últimos mandatos; acumula experiência como Secretária Municipal da Saúde, em Lages, e também no Estado. Nesta segunda-feira (7), ao conversar com ela, salientou que a partir de agora irá buscar a unidade com todos os lageanos e procurar fazer uma transição tranquila, e já a partir de 1º de janeiro ter pautas concretas, a exemplo da garantia de ter os professos bem, nas salas de aula no começo do ano; além de um cuidado especial à área da saúde, sem deixar de se preocupar com a infraestrutura da cidade e do interior, entre outras. Como ela ainda está deputada, seguiu ainda nesta segunda-feira para Brasília, com promessa de retornar já na quinta-feira (10), para trabalhar nos ajustes necessários da construção do grupo de transição. Assim que for diplomada prefeita, a suplente Geovânia de Sá (PSDB), assume oficialmente a cadeira a ser deixada por Carmen na Câmara dos Deputados.

Eleições 2024: diferenciadas

Em tanto tempo atuando no jornalismo e no campo da opinião, confesso que estas eleições municipais tiveram um toque muito diferente. Cercada de interesses ideológicos entre direita e esquerda, se criou um clima de extrema rivalidade, em que os propósitos das comunidades, em muitos locais, ficaram em segundo plano. Fato. Entretanto, não tem como deixar de observar o detalhe da força partidária, com influência direta às próximas eleições. O quadro em Santa Catarina, agora, irá estar sendo analisado exatamente para o que virá no futuro. O que se viu foi o crescimento da direita com 90 prefeituras conquistadas, entre grandes, médias e pequenas. Destaque para o MDB, com 70, e que se apresenta como a segunda maior representatividade e que pode mudar de estratégia, descolando ou não do Governo, e tentar protagonizar algo próprio. Tem ainda o PP e o PSD com forças substanciais, com 53 e 41 prefeituras respectivamente. O achatamento do PT chama atenção. Decai no Estado e fica praticamente sem força, e com a conquista apenas em pequenos municípios, com sete prefeituras. Enfim, hora de deixar as coisas evoluírem para se ter uma análise mais criteriosa de como tudo deve se ajustar. Prevejo, acirramentos, de qualquer forma, para uma eleição ao governo com discussões muito abertas, entre o PL, MDB, PP e PSD. Tais partidos irão ditar os rumos para 2026 em SC.