A entrevista ocorreu durante o Congresso da Acaert. Imagem: Reprodução / TVBV.
O publicitário morreu no último domingo (13) no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro
A publicidade brasileira ficou órfã com a morte de Washington Olivetto, 73 anos, no último domingo (13). O publicitário é criador do comerciais que ficaram na memória dos brasileiros, como “meu primeiro sutiã”, do garoto Bombril e do moviemento da Democracia Corinthiana. Ele foi o único latino-americano a ganhar um Clio Awards em 2001 e conquistou na categoria filmes mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes.
Há cerca de cinco meses Olivetto estava internado devido a complicações pulmonares no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. A causa da morte seria falência múltipla de órgãos, mas não foi confirmada pois a família não autorizou o Hospital a divulgar detalhes.
Em maio deste ano Olivetto foi um dos palestrantes do Congresso da Acaert, em Florianópolis. De forma exclusiva ele conversou com o jornalista Leo Coelho no programa Band Cidade, da TVBV. Confira:
O publicitário corintiano
Inúmeras gerações de publicitários tiveram Washington Olivetto, um dos 100 maiores publicitários de todos os tempos, como referência ajudando a tornar a publicidade brasileira uma das mais premiadas e criativas.
Olivetto nasceu e foi criado no bairro da Lapa, em São Paulo, e foi muito influenciado pelo pai que era vendedor. Ele adorava escrever e juntou esse gosto com a capacidade de venda do ai e seguiu na carreira de publicitário. A história profissional teve início em 1969, quando aos dezoito anos conquistou o prêmio Leão de Bronze no Festival de Publicidade de Cannes.
Corintiano roxo poderia ter horas intermináveis de conversa sobre o time. Ele foi vice-presidente de marketing do time na década de 1980 e foi o criador do slogan Democracia Corinthiana, movimento que buscou mudanças estruturais na agremiação.
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Sequestro
Em 2001 o publicitário foi sequestrado e ficou preso no cativeiro por 53 dias em uma casa na Zona Sul de São Paulo. O sequestro foi realizado por integrantes de guerrilhas revolucionárias chilenas. Ele conseguiu escapar depois os sequestradores abandonaram o local do cativeiro depois que outros membros do grupo foram presos. Um dos responsáveis foi capturado e ficou preso no Brasil até 2019, quando foi extraditado para o Chile.