18 de outubro de 2024
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‘Tribunal do crime’: 7 são presos por cárcere, tortura e homicídio em Joinville

Foto: PCSC/Divulgação

Suspeitos são investigados por crime que terminou em morte em abril deste ano

Sete membros de uma facção criminosa foram presos na manhã desta quinta-feira (17) em Joinville, no Litoral Norte de Santa Catarina. Eles são investigados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver no âmbito da atuação de um “tribunal do crime” na cidade.

De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), além das prisões, a operação deflagrada nesta quinta-feira nos bairros Fátima, Parque Guarani e Barra do Sul apreendeu um grande volume de drogas sintéticas, o que resultou na prisão em flagrante de um dos investigados.

 

A “Última Batida” é a segunda fase de uma operação deflagrada em julho deste ano pela Delegacia de Homicídios (DH) em apoio à investigação de um caso de homicídio seguido de ocultação de cadáver ocorrido no mês de abril. Na ocasião, a vítima foi sequestrada dentro de uma tabacaria localizada na zona sul de Joinville e submetida ao tribunal do crime.

De acordo com a DH, as investigações coletaram “provas robustas” que indicam a participação dos suspeitos nos crimes e embasaram as ordens judiciais, cumpridas com o apoio de agentes das demais especializadas do Departamento de Investigações Criminais (DIC) e das 1ª, 2ª e 4ª Delegacias de Polícia

Tribunal do crime

O chamado “tribunal do crime” é uma estrutura clandestina instrumento utilizado por grandes facções para julgar e punir membros e pessoas de fora do grupo que cometam crimes consideradas graves pela organização. Esse tipo de “justiça” opera fora da lei e não segue qualquer norma jurídica oficial, baseando-se apenas nas regras impostas pela própria organização criminosa.

Normalmente, esses “tribunais” julgam questões como traição, roubo dentro da própria facção, desrespeito a regras internas, ou disputas entre membros. As “sentenças” são aplicadas para manter a ordem interna, garantir lealdade e evitar disputas que possam enfraquecer a organização.

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