31 de outubro de 2024
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Cultura

Diego & Arnaldo falam sobre bastidores da carreira e projetos de sucesso

Por Fernando Bortoluzzi | Foto: Fernando Bortoluzzi/TVBV Online

Dupla sertaneja participou do SC Acontece e deu entrevista ao TVBV Online

Um é do interior do Goiás. O outro, natural de Minas Gerais. Mas a paixão pela música fez com que os caminhos se cruzassem e hoje, 10 anos depois do primeiro lançamento, Diego & Arnaldo já emplacaram sucessos entre os vinte artistas mais ouvidos de todo o Brasil.

Donos do hit “Desconhecido”, parceria com a também estourada Lauana Prado que já conta com mais de 10,7 milhões de reproduções no Spotify, Diego e Arnaldo participaram nesta quinta-feira (31) de um bate-papo no SC Acontece da TV Barriga Verde. Mas antes disso, eles deram uma palhinha da trajetória para o TVBV Online.

 

Antes de lançar os sucessos “Relógio Parado”, “Regras” e “Se Eu Te Procurar”, Diego viu sua paixão pela música crescer enquanto tocava na igreja evangélica e em casamentos. Já Arnaldo usou seu talento para fazer amigos quando havia recém chegado em Campo Grande. Mas foi em Ribeirão Preto, no Interior de São Paulo, logo após se separar de sua antiga dupla, que Arnaldo propôs um novo projeto a Diego.

Daí pra frente, o resto é história (que você provavelmente conhece). Mas se você quer saber um pouquinho mais dos bastidores, confira abaixo a entrevista com a dupla.

TVBV Online: Como é que vocês começaram a descobrir o gosto pela música?

Arnaldo: Eu na verdade cresci ouvindo música sertaneja. Quando eu era adolescente eu aprendia a tocar violão, e a partir daí comecei a pegar gosto por cantar também, e não parei mais. Já faz 20 anos que eu trabalho com música e sou muito feliz com isso. Quando eu fui morar em Campo Grande (MS), eu não conhecia ninguém, não tinha parente, não tinha amigo. Aí eu fui aprender a tocar violão pra me chamarem para churrasco. Começou assim, e aí quando eu comecei a praticar e comecei a cantar, eu vi que eu tinha um pouco de veia para aquilo mesmo, e deu certo.

Diego: Eu também, foi mais ou menos igual, mas não era por causa do churrasco não. Eu sempre morei na fazenda, desde criança até hoje, então sempre fui apaixonado por música sertaneja. Eu comecei a tocar na igreja evangélica, era baixista, e aí comecei a cantar e fui cada vez me apaixonado mais pela música. Eu comecei a cantar mesmo em Ribeirão Preto, há 17, 18 anos atrás.

TVBV Online: O primeiro DVD foi de vocês foi lançado em 2015, já faz quase 10 anos. De lá pra cá, o mercado do sertanejo mudou?

Arnaldo: Teve muita mudança, mas o sertanejo se adapta. Se você pegar antigamente, era uma música que falava da vida do homem do sertão, que mudou pra cidade e agora é uma música urbana. Aí ele vai seguindo algumas tendências. Eu lembro que quando surgiu o sertanejo universitário, começou aquela onda dos feats dos artistas sertanejos, aí depois o sertanejo começou a misturar com o funk, e depois veio o piseiro na pandemia. Nós gravamos com o Barões da Pisadinha, Tarcísio do Acordeon. Eu acho que o sertanejo muda de roupagem mas não muda de essência. os compositores também, eles ditam a tendência do que está rolando no momento. É difícil um artista que arrisque e falar assim, cara, vou fazer, vou correr na contramão. E ainda assim, tem uns que fazem e se dão muito bem, o Victor e o Léo é um exemplo. O Victor e o Léo, estava todo mundo numa tendência e eles vieram com um estilo próprio.

Diego: Eu falo que o sertanejo, hoje, virou a música popular brasileira. E a gente vai se adequando naturalmente, não é uma coisa, tipo assim, “a gente precisa fazer isso”, porque é algo que vai rolando.

TVBV Online: Esse novo projeto de vocês tem músicas com a Lauana Prado e Luan Pereira, que são uma nova geração do sertanejo. Como é pra vocês trabalhar com essa galera mais nova?

Diego: A gente vêm acompanhando essas mudanças, mas é tão natural, tão normal, que a gente nem percebe. Acaba que a gente tá na mesma coisa. Todo mundo foi ajudado, a gente participou demais, eu acho que tem uns cem DVDs já que nós já participamos. Então a gente participa desde as duplas já conhecidas até dupla que estão começando ainda. Porque a gente sabe que começar é difícil. A gente precisou lá no começo também de participações. O sertanejo tem esse esquema que é muito bacana.

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Arnaldo: Fica tudo na mesma maçoca, né? Falo que o Luan, por exemplo, ele deve ter dois anos de carreira, mas parece que tem cem. Porque é um menino que tá onipresente nas redes sociais. E essas coisas são naturais, porque a gente convive muito junto, né? E a Luana, pra você ter uma ideia, quando ela era só compositora, a gente já fez algumas coisas juntos, ela mostrou música pra gente. E o estúdio onde ela produzia lá em São Paulo, a gente ia se encontrando e a gente vai acompanhando a carreira um do outro, vai torcendo. Temos até um grupo com uma galera, tá o Loubet, Israel & Rodolfo, Fernando & Sorocaba, aí a gente convive muito, fica se falando o tempo todo e vira amigo. Quando a gente vai gravar um DVD, vê que uma música pede um feat feminino, aí você fala “pô, vamos chamar a Lauana”. É muito mais pela amizade e também pelo momento.

Assista também à entrevista no SC Acontece