Foto: Redes sociais/Reprodução
Rainha do Sertanejo morreu em queda de avião no interior de Minas Gerais
Nesta terça-feira (5), completam-se três anos desde que o Brasil despediu-se de uma das maiores vozes do sertanejo. Um trágico acidente de avião tirou a vida Marília Mendonça, assim como do piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, e o produtor Henrique Ribeiro.
O ano era 2021, quando a aeronave fretada para táxi aéreo que levava cantora e equipe caiu próximo ao Aeroporto de Caratinga, no interior de Minas Gerais, após atingir um cabo de distribuição de energia. Ela tinha 26 anos e faria um show na cidade.
Duas investigações diferentes foram realizadas para apurar as circunstâncias do acidente. Uma pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), que tem foco na prevenção de novos acidentes, e uma da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que buscava as causas e responsabilidades sobre a tragédia.
Os primeiros resultados foram divulgados pelo Cenipa em maio de 2023 e abordaram a a forma como o piloto se aproximou do aeroporto contribuiu para o acidente. O órgão esclareceu que “as investigações realizadas não buscam o estabelecimento de culpa ou responsabilização, tampouco se dispõem a comprovar qualquer causa provável de um acidente, mas indicam possíveis fatores contribuintes que permitem elucidar eventuais questões técnicas relacionadas à ocorrência aeronáutica”, diz o comunicado.
A ex-esposa do aviador participou de uma reunião com representantes do centro de investigação do Cenipa, e destacou como Geraldo tinha mais de 16 mil horas de voo e era considerado um piloto experiente. “Eles falaram que não existia nada que proibisse o piloto de escolher uma rota mais confortável para os passageiros. Foi o que ele fez”, afirmou.
Polícia Civil culpou piloto
A Polícia Civil, por sua vez, responsabilizou o piloto pela queda da aeronave e considerou que a tripulação foi irresponsável ao mudar o procedimento de pouso. Essa investigação concluiu, em outubro de 2023, que os pilotos deveriam ser julgados por homicídio culposo, quando não se assume risco de matar.
Segundo o delegado Ivan Lopes Sales, a tripulação não respeitou a perna de pouso estipulada para o aeródromo. “O manual determina uma velocidade para fazer a perna do vento, os pilotos ultrapassaram essa velocidade e não respeitando o manual. Eles saíram da zona de proteção e qualquer responsabilidade de (ver) antena, morro quaisquer obstáculos, cabia aos pilotos observar. Diante desses cenários de negligência, de imperícia, a Polícia Civil atribuiu a responsabilidade da queda da aeronave aos pilotos”, disse.
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Entretanto, por conta do óbito dos pilotos, foi recomendado o arquivamento do processo por extinção da punibilidade. Em nota divulgada à imprensa, a equipe de defesa da tripulação classificou a conclusão da PCMG como sem “fundamento nas provas do inquérito e é até injuriosa com a imagem do piloto e copiloto”.