Foto: Jonatã Rocha/Secom
Investigados tinham grupo no WhatsApp onde promoviam submissão a Hitler
A Polícia Civil (PCSC) deflagrou nesta quinta-feira (14) uma operação com o objetivo de reprimir condutas de apologia ao nazismo praticadas por um grupo com seis integrantes em Maravilha, no Oeste de Santa Catarina. Os investigados foram alvos de mandados de busca e apreensão no município.
Durante as buscas, foram apreendidos os aparelhos celulares dos suspeitos, além de outros equipamentos eletrônicos, que serão analisados para a continuidade das investigações, a fim de esclarecer as reais intenções do grupo.
De acordo com a PCSC, as investigações que resultaram na operação denominada “Neptuno” tiveram início após a descoberta de um grupo de WhatsApp, intitulado com uma denominação nazista e que tinha a cruz suástica como foto de perfil.
Na descrição do grupo, foi identificada também, segundo a Polícia Civil, uma frase de admiração e submissão a Adolf Hitler, líder do Partido Nazista da Alemanha.
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O delegado Joel Specht, responsável pela Delegacia Regional de Polícia de Maravilha, afirmou que os materiais apreendidos serão periciados. “A fim de identificar qual que era a real intenção desse grupo, se havia uma questão de extremismo vinculada aos integrantes”, explicou.
No Brasil, a Lei Federal Antirracismo (Lei nº 7.716, de 1989) prevê como crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”, e pode resultar em pena de 2 a 5 anos de prisão e multa.
Vídeo: O que se sabe sobre o atentado em frente ao STF
PF afirmou que o acusado utilizou bombas semelhantes a granadas e um extintor com gasolina que serviria de lança-chamas
O atentado registrado na noite da última quarta-feira (13) causou um verdadeiro alvoroço em Brasília. Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que grupos extremistas estão ativos no país e que os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e nas proximidades da Câmara dos Deputados não são “fatos isolados” e se ligam com outros inquéritos.