15 de março de 2025
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Cultura

Teatro Álvaro de Carvalho reabre com programação especial até o fim do mês

Espetáculos são de grupos que tradicionalmente se apresentam no TAC, com entradas gratuitas e a preços populares

O Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), fechado para restauração desde o ano passado, reabre nesta sexta-feira (14), com uma programação especial. O prédio histórico no Centro de Florianópolis recebe primeiramente o espetáculo nacional “As canções que você dançou pra mim”, da Focus Cia. de Dança. A apresentação será fechada, com a presença do governador Jorginho Mello na reabertura oficial nesta noite, mas será aberta ao público já neste sábado (15).

Para as primeiras semanas da retomada das atividades, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) montou uma programação especial que vai até o fim de março, com a participação de grupos que tradicionalmente se apresentam no TAC. Alguns deles serão gratuitos, outros terão ingressos a R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada ou ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento). Nos dias 21, 22, 23 o TAC recebe a programação da Maratona Cultural de Florianópolis.

O Teatro volta a receber público após passar pela maior intervenção, que teve investimento de aproximadamente R$ 5 milhões do Governo do Estado. A estrutura passou por reforma elétrica; substituição das poltronas; pintura; recuperação do pavimento de madeira; troca de cortinas, passadeiras e carpete; modernização dos sistemas de som, de iluminação e de climatização; instalação de paineis de led; reforma do telhado; entre outras melhorias. Além disso, os vitrais históricos do TAC foram restaurados, bem como lustres e outras peças antigas.

 

Confira a programação

14 e 15/3 – 19h: “As canções que você dançou pra mim” – Focus Cia. de Dança

O espetáculo da Focus Cia. de Dança traz grandes sucessos de Roberto Carlos. Quatro casais são embalados por um grande pot-pourri, com diversas canções interpretadas pelo grande cantor e compositor Roberto Carlos. Músicas que marcaram épocas e que se tornaram clássicos da MPB aparecem como tema principal desse espetáculo. O trabalho revisita grandes sucessos de Roberto, como “Detalhes”, “Outra vez”, “Desabafo”, “Cama e mesa” e “O calhambeque”. A trilha passa pelas décadas de 1960 e 1990, quando o artista alcançou várias gerações com canções que misturam e exaltam sentimentos, falam de amor e relações, exageram na musicalidade e abusam do bom humor. O espetáculo traz para a cena todo o romantismo das canções de Roberto Carlos, além das mensagens que marcam tantas histórias. Afinal, as intenções nas palavras e a popularidade do artista com suas poesias em formas musicais são de direta conexão com o público. É muito raro encontrar alguém que não se identifique ou não conheça algumas de suas obras. Ingressos aqui.

16/3 – 20h: “As 8 Estações” – Camerata Florianópolis

O concerto “As 8 Estações” consiste nas obras “As Quatro Estações” Opus 8, da obra Il cimento dell’armonia e dell’invenzione, considerada a mais popular obra do italiano Antonio Vivaldi (que nasceu em Veneza em 1678 e morreu em Viena em 1741), e “Las Cuatro Estaciones Porteñas”, do argentino Astor Piazzolla (1921-1992). “As Quatro Estações”, de Vivaldi, foram publicadas em 1725 como parte do Opus 8, uma coleção que reúne doze concertos.  Ao contrário da maioria dos concertos de Vivaldi, esses quatro vieram acompanhados de sonetos ilustrativos impressos na parte do primeiro violino, cada um relacionado ao tema de uma estação. Embora a autoria desses poemas seja incerta, especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito. Este conjunto é considerado um dos primeiros exemplos de música programática, um estilo que se tornaria abundante no Romantismo com a denominação de poemas sinfônicos. Ingressos aqui.

18/3 – 20h: “Florbela Espanca” – Grupo Dromedário Loquaz

Com dramaturgia inédita inspirada na vida e obra de Florbela Espanca, o Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz coloca em cena o espectro da poetisa portuguesa, que desperta de seu sono de morte para defender sua honra e obra das perseguições sofridas na primeira metade do século XX. Dirigido por Sulanger Bavaresco e com atuação da atriz Diana Adada Padilha, o solo Florbela Espanca resgata a figura histórica de uma mulher que, enfrentando as adversidades e as restrições de espaço que poderia ocupar na sociedade portuguesa do início do século XX, conseguiu construir importante obra artística que a tornou, com a merecida justiça, uma das mais importantes poetisas portuguesas do período, cuja importância continua reverberando atualmente. Florbela Espanca foi uma mulher fora do seu tempo, que ousou ser dona do seu destino movendo-se com audácia, desejos próprios e insubmissão intrínseca a sua alma inquieta em uma sociedade acostumada a negar a sexualidade, a inteligência e os talentos femininos. A conservadora sociedade portuguesa da época, o Estado e a Igreja não economizaram esforços em suas tentativas de apagar a passagem de Florbela por este mundo, incluindo a proibição de seus livros durante a Ditadura Salazarista. Porém, nem as perseguições e tampouco as críticas sistemáticas que visavam difamar sua obra e seu caráter, antes e depois de sua morte, conseguiram destruir a obra da poetisa, que sobreviveu aos seus algozes e ao tempo. Ingressos aqui.

19/3 – 20h: “A Cantora Careca” – Grupo Armação

A Cantora Careca, peça teatral escrita pelo dramaturgo Eugène Ionesco em 1950, tem sua concepção estética vinculada ao movimento e gênero denominado teatro do absurdo. O pensamento do teatro do absurdo propõe uma dramaturgia desprovida de sentido, lógica, racionalidade e de comunicação inelegível. Em cena, personagens caracterizados colocam em contradição as convenções sociais por meio de sua linguagem non sense, que se realiza através de diálogos absurdos, os quais tornam a comunicação uma ação sem sentido e desprovida de significados. Em um pequeno apartamento no subúrbio inglês, o casal de classe média alta Sr. e Sra. Smith recebem a visita do casal Sr. e Sra. Martins. Os personagens, representantes do modelo e estrutura social burguesa, estão presos em um ciclo de repetições, trivialidades e do vazio existencial, sendo a releitura e representação do encarceramento da sociedade contemporânea. À medida em que os personagens vivem as situações, tornam-se provocadores e enunciadores das críticas sociais, simultaneamente, suas criticas recaem sobre eles próprios ao apresentar um mundo em desordem, ilusório, que não se comunica. A concepção cênica retoma a realidade social mediante uma comunicação que não se comunica, onde a linguagem não diz, trazendo à tona as contradições da existência humana permeada pelos conflitos e desigualdades sociais. Imersos nesse ambiente em desordem, onde está a Cantora Careca? Ingressos aqui.

21/3 – 20h30: “Concerto em Ri Maior” – Cia dos Palhaços (Curitiba – PR) – Maratona Cultural de Florianópolis 2025

Uma comédia musical que surgiu em 2005 a partir de jogos de improvisação de palhaço com a música. Na peça, o maestro e palhaço Wilson Chevchenco apresenta um concerto baseado em sua origem russa e conta com a ajuda de Sarrafo, seu fiel amigo, para executar as obras de sua família e ser compreendido pela plateia, já que não fala o idioma português. O concerto conta ainda com um coral, que é integrado pelo público. A interação dos espectadores é essencial para o andamento do espetáculo. Também são utilizados vários instrumentos como piano, violão, acordeom, castanholas e harmônica. A peça tem muita música, dança, improvisação, participação da plateia e, claro, muita palhaçada. Ingressos distribuídos uma hora antes início, sendo um por pessoa.

22/3 – 20h: “Canção para a mulher que se puxa pelos cabelos” – Dionisos Teatro (Joinville – SC) – Maratona Cultural de Florianópolis 2025

Trata-se de um espetáculo adulto, que tem como base a criação coletiva da cena a partir de textos da atriz Clarice Steil Siewert e de outros disparadores cênicos relacionados com as questões mulher-solidão-memória.
Seguindo sua trajetória de dramaturgia própria, o elenco, composto pelos atores Dê Deco Malena, Clarice Steil Siewert e Vinícius José, conta com a direção de Silvestre Ferreira. Para a preparação corporal, pesquisa em dança e figurinos, o grupo contou com a colaboração de Zilá Muniz, Doutora em Teatro pela UDESC que atua como coreógrafa, diretora, pesquisadora, preparadora corporal, figurinista e professora de dança contemporânea, improvisação e composição. Outra colaboração importante foi com o artista visual, performer e pesquisador Sérgio Adriano H que contribuiu com propostas visuais e de performance. A concepção de iluminação é de Flavio Andrade. Ingressos distribuídos uma hora antes início, sendo um por pessoa.

23/3 – 19h: “Bar Teatro Avenida” – PrimoAtto (Balneário Camboriú – SC) – Maratona Cultural de Florianópolis 2025

Em “Bar Teatro Avenida”, o palco se transforma em um refúgio de histórias, sonhos e desafios. Seu Marcelino, dono de um singelo bar “pé na areia” do fim da década de 50, enfrenta tormentas e ameaças de perder este local de amparo para os trabalhadores da região. Enquanto os frequentadores compartilham risos, canções e angústias, nasce uma união coletiva para salvar o bar. Entre muita arte, gincanas, confissões e esperança, surge a reflexão sobre o verdadeiro significado da palavra “progresso”. A peça celebra a força da cultura, que, como o Bar Teatro Avenida, nunca se deixam apagar. Com Direção Geral de Monique Neves, Direção Musical de Bruna Pierami, Roteiro de Monique Neves, Potyra Najara e Fábio Aurélio Castilho. Ingressos distribuídos uma hora antes início, sendo um por pessoa.

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25/3 – 20h:  “Metamorfoses I” – Formação de Cordas da Orquestra Filarmônica Catarinense e Pablo Rossi 

A Formação de Cordas da Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC) apresenta o espetáculo musical “Metamorfoses I”, uma viagem musical através do tempo, que nos transporta desde o período Barroco até os dias atuais. O conceito de metamorfose, e sua intrínseca significação, tem permeado, não só a historia do indivíduo comum, mas também moldado o destino de povos, nações e da própria humanidade. Ingressos aqui.

26/3 – 20h: “Nação Cigana – Espetáculo de Dança Cigana” – Estúdio Silvia Brâgagnollo

No coração do espetáculo está Cigana Carmencita, a grande narradora dessa viagem pelo tempo. Entre danças e mistérios, entre véus e velas, Carmencita revive suas memórias, trazendo ao palco a força e a paixão do seu povo. Sua história é tecida com emoção e encantamento, conduzindo o espectador a um encontro com a alma cigana, onde cada gesto e cada olhar carregam séculos de tradição e resistência. Através da magia dos elementos cênicos e da energia vibrante das bailarinas, o público é envolvido por uma atmosfera única, onde cultura, arte e emoção se entrelaçam em um espetáculo inesquecível. “Nação Cigana” não é apenas uma apresentação de dança – é um ritual de celebração, um convite para sentir a pulsação dessa cultura que transcende o tempo. Ingressos aqui.

27/3 – 20h: “Mulheres no Mundo da Música” – Orquestra Cordas da Ilha

Este concerto não é apenas uma homenagem, mas uma celebração vigorosa do talento feminino na música, explorando a genialidade de compositoras cuja arte desafiou as convenções de suas épocas. Dame Maria Ethel Smyth, além de ser uma pioneira da música britânica, canalizou sua paixão pelo sufrágio feminino em composições de força arrebatadora, como “March of the Women”. Chiquinha Gonzaga, a primeira maestrina do Brasil, rompeu barreiras ao fundir o popular e o erudito, criando uma identidade musical genuinamente brasileira. Germaine Tailleferre, a única mulher do vanguardista Grupo dos Seis, infundiu o espírito do jazz em suas obras, antecipando a modernidade sonora do século XX. Fanny Mendelssohn, injustamente ofuscada pelo irmão, compôs com sofisticação e lirismo, revelando uma voz singular que desafiava as restrições impostas às mulheres em sua época. Teresa Carreño, a pianista venezuelana de projeção internacional, impressionava plateias com sua técnica arrebatadora e composições de complexidade virtuosística. Élisabeth Claude Jacquet de la Guerre, prodígio da corte de Luís XIV, foi uma das raras mulheres a se destacar na música barroca francesa, compondo óperas e sonatas com maestria. Por fim, Francisca Aquino, pianista e arranjadora brasileira, trouxe à música de câmara um olhar contemporâneo e sensível, expandindo as fronteiras da interpretação musical. Este concerto não apenas ilumina a trajetória dessas compositoras, mas reafirma a atemporalidade de suas obras, que continuam a ressoar e inspirar gerações de músicos e ouvintes. Ingressos aqui.

28/3 – 20h: “Era isso que Afligia o Coração” – Carol Ferrari

Neste espetáculo de dança flamenca, com música ao vivo, toda a visceralidade é trazida ao palco, ora pelo lamento do canto, ora pela corporeidade enigmática e sapateados potentes de quem dança.
Ao contar o que aflige, se cicatriza, e as marcas latejam nos rastros desenhados. Era isso. Talvez ainda seja. A experiência de sentir de novo e de novo – cada vez ímpar – reinventa as memórias e constrói um novo rumo. Palco e plateia estarão ligados pelos sentimentos e sensações que a vida incita a viver. Ingressos aqui.

29/3 – 15h e 18h: “João e o Pé de Feijão” – Grupo Independente – Valdir Dutra 

João e o  de Feijão é um conto de fadas de origem inglesa. A versão conhecida mais antiga é a de Benjamin Tabart, publicada em 1807. João que vivia com seu avô numa humilde cabana bem longe da cidade. Certo dia, sem ter o que comer e sem dinheiro, seu avô pediu  para João vender a vaquinha mimosa. Mas no caminho da cidade João encontrou um homem estranho que o convenceu a trocar a vaquinha por um punhado de feijões. Quando João chegou em casa e contou esta história, seu avô ficou furioso e jogou as sementes pela janela. Na manhã seguinte, quando João acordou,  encontrou um enorme  de feijão bem ao lado de sua janela e curioso como todo garoto é,  subiu pelo  de feijão e encontrou num castelo, uma galinha dos ovos de ouro, uma harpa encantada e um malvado gigante. A continuação desta aventura vocês ficarão sabendo somente no teatro. Ingressos aqui.

30/3 – 19h: Turnê Gustavo Bardim & Duo Viocello

O carisma e a voz inconfundível de Gustavo Bardim, vencedor do The Voice Kids 2021, e o talento, a energia e os arranjos incríveis do Duo Viocello, um dos grupos mais populares de Santa Catarina, se uniram para realizar uma turnê inédita que promete ficar marcada na memória e no coração dos Catarinenses. A Turnê vai levar a 15 cidades catarinenses um espetáculo gratuito com um repertório diversificado, composto por músicas sertanejas, pop, clássicos internacionais e músicas próprias. Ingressos aqui.

           

             

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