Durante o primeiro dia do julgamento, as defesas de Bolsonaro e aliados rebateram a denúncia apresentada
O segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) dos oito acusados de participar o suposto golpe ocorre nesta quarta-feira (25). Dentre eles está o ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso está sendo julgado pela Primeira Turma da Corte. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, que também seria alvo de um esquema atribuído aos acusados, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se os acusados se tornarem réus irão responder a uma ação penal.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
A denúncia
A denúncia foi apresentada em fevereiro deste ano pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e aponta acusações contra 34 pessoas, sendo o dito “núcleo” era formado por oito pessoas, no caso os denunciados que serão julgados hoje. O grupo foi acusado de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento
A grande maioria dos ministros da primeira turma chegou ao STF após indicação do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são eles Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, já Alexandre de Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer em 2017. São esses ministros que serão responsáveis por julgar o ex-presidente Bolsonaro, principal adversário político do presidente Lula. A sessão inicia às 9h30 e após uma pausa para o almoço, às 14h, o julgamento deve recomeçar.
Primeiro dia
Durante o primeiro dia do julgamento, as defesas de Bolsonaro e seus aliados rebateram a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O procurador também se manifestou durante a sessão e reforçou as acusações da suposta tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente e os demais acusados.
Bolsonaro apareceu de surpresa no STF e acompanhou presencialmente a sessão. Apesar de não existir qualquer impedimento, a presença de investigados durante os julgamentos do STF não é comum.
Os ministros também rejeitaram diversas questões preliminares, como a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. A turma também negou o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar o caso; o reconhecimento da competência do plenário, e não da turma, para julgar a denúncia; as alegações cerceamento de defesa.