Fintech de Florianópolis teve sistema invadido e dinheiro desviado em 300 transações
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) deflagrou nesta quinta-feira (10) a a segunda fase da Operação Ghosthunters, que apura a invasão hacker e o furto de aproximadamente R$ 6 milhões de uma empresa de tecnologia financeira sediada em Florianópolis.
A ação de hoje cumpre 23 mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão domiciliar em 15 municípios de oito estados. O objetivo é identificar e responsabilizar outros possíveis coautores do crime e dos chamados “conteiros”, pessoas “laranja” que viabilizaram o recebimento dos valores desviados em suas contas bancárias, para ocultar a origem ilícita dos valores.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de
- São Francisco do Sul (SC)
- Colorado (PR)
- Ponta Grossa (PR)
- Santa Helena (PR)
- Bauru (SP)
- Cubatão (SP)
- Itu (SP)
- São Bernardo do Campo (SP)
- Valparaíso (SP)
- Belo Horizonte (MG)
- Betim (MG)
- Rio Preto da Eva (AM)
- Salvador (BA)
- Caucaia (CE)
- Caruaru (PE)
Invasão hacker a fintech
A invasão hacker à empresa de tecnologia financeira ocorreu em 15 de julho de 2024. O suspeito apontado como autor, de 21 anos, consegui acessar o sistema de TI da fintech e realizar mais de 300 transações fraudulentas, resultando no montante de cerca de R$ 6 milhões, que foram pulverizados nas contas dos laranjas.
O suspeito foi preso no último dia 20 de fevereiro na cidade de Franca, em São Paulo. A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 4,5 milhões do investigado, de cerca de 40 mil dólares em criptoativos e o sequestro de um Fiat Fastback, avaliado em aproximadamente R$ 120 mil na casa do investigado.
Segundo a PCSC, logo após a detecção da fraude, aproximadamente R$ 1,5 milhão também foram recuperados por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED) e outros procedimentos similares.
Os criminosos são investigados pelos crimes de furto mediante fraude praticado por meio eletrônico/informático, associação criminosa e lavagem dinheiro. Somadas, as penas podem atingir até 21 anos de prisão e multa.
Operação Ghosthunters
A Operação Ghosthunters é parte de uma mobilização da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, por intermédio do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB, SENASP/Ministério da Justiça e Segurança Pública, para intensificar o combate às fraudes no país.
O nome escolhido significa “caçadores de fantasmas”. No contexto policial, o termo faz referência à atuação das Polícias Civis na identificação e prisão de criminosos que praticam fraudes virtuais, por meio de identidades ocultas, e realizam transações financeiras digitais (como criptoativos), ou à própria natureza invisível dos crimes cibernéticos.
Relíquias peruanas de mais de mil anos são apreendidas em Florianópolis
Artefatos eram comercializados ilegalmente; suspeito foi indiciado pelo crime de receptação
Um homem foi preso e será julgado pelo crime de receptação, em Florianópolis, por armazenar e comercializar ilegalmente alguns artefatos históricos originários do Peru. As relíquias datam do período pré-hispânico, sendo a mais antiga datada de aproximadamente 700 d.C. a 900 d.C.