Investigados lucraram e alimentaram organização criminosa com a venda de apartamentos, afirma PF
Um grupo de empresários teria aberto empresas especificamente para construir prédios de luxo no litoral de Santa Catarina com o objetivo de lavar dinheiro do tráfico internacional de drogas para uma organização criminosa. É o que revelou uma operação da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal deflagrada nesta quinta-feira (24).
A Operação Forlands cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, e Curitiba, no Paraná. Além das buscas, a 14ª Vara Federal de Curitiba determinou o bloqueio de contras bancárias e vens até R$ 5 milhões dos investigados.
Segundo a Receita Federal, além da construção de edifícios, o dinheiro de origem ilegal era lavado com a compra de carros de luxo e caminhões. Os veículos eram adquiridos em nome dos integrantes do grupo e das empresas “laranjas” e utilizados nas operações da própria organização criminosa, que era alimentada também com o dinheiro obtido com a venda dos apartamentos. O objetivo era pulverizar o patrimônio e dificultar seu rastreamento.
A Receita analisou que, somente em 2024, o grupo tenha movimentado mais de R$ 100 milhões para a organização criminosa. Estima-se que os lançamentos do crédito tributário superem os R$ 30 milhões. Além de lavar o dinheiro do tráfico, o grupo suspeito lucrava com aparência de legalidade das suas atividades.
“Em alguns casos, foram simuladas revendas por valores subfaturados para os traficantes investigados, concluindo o processo de lavagem do dinheiro do crime, com a incorporação dos bens ao patrimônio dos criminosos”, explica a Receita Federal.
Caso condenados, os investigados podem ser sentenciados a penas de até 10 anos de prisão.
Líderes do esquema foram presos
De acordo com a PF, a investigação atual iniciou a partir de documentos obtidos na Operação Follow the Money, deflagrada em março de 2024, também para combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na ocasião, os dois principais suspeitos de liderar o esquema foram presos.
A investigação também revelou que os investigados movimentaram mais de R$ 2 bilhões entre créditos e débitos nos últimos anos. Os suspeitos tiveram mais de 100 bens bloqueados, entre contas bancárias, imóveis urbanos e rurais, veículos de luxo, caminhões e maquinários agrícolas.
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