Um forte aparato policial foi empregado para que as casas fossem destruídas, policiais utilizaram spray de pimenta para afastar moradores
A demolição teve início nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (29) na praia do Forte, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Nem mesmo uma vigília dos moradores contra a decisão judicial impediu que as casas fossem destruídas. São quatro, de oito residências, que foram construídas nas proximidades da Fortaleza São José da Ponta Grossa, uma área tombada e sob os cuidados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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Os moradores foram notificados na última quarta-feira (23) com o ultimato para desocupar as estruturas até a última segunda (28). Já na madrugada móveis e objetos foram retirados das casas e um verdadeiro clima de desespero tomou conta da comunidade. Uma das moradoras passou mal e precisou ser atendida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU).
Confira imagens divulgadas pelo SOS Naufragados:
Antes mesmo do sol nascer um forte aparato policial chegou ao local. Foram deslocados policiais federais, o Batalhão de Choque da Polícia Militar e a Guarda Municipal de Florianópolis. A movimentação de viaturas chamou a atenção. Quando as máquinas chegaram policiais federais afastaram os moradores, alguns idosos, utilizando spray de pimenta. Sem poder fazer nada, as pessoas puderam apenas ver o local onde cresceram ser derrubado.
A ação
A ação da Justiça Federal contra a comunidade da Praia do Forte teve início em 1991, quando a União, órgão do Governo Federal, deu início ao processo de reintegração de posse. foi aberto pelo bisavô dele, há 150 anos. O familiar teria ajudado a construir a Fortaleza São José da Ponta Grossa. Na década de 80 foi permitido os pescadores permanecessem, mas não poderiam ampliar, alugar ou vender. Mas, segundo a Justiça Federal foram realizadas melhorias e ampliações das casas.
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Coluna Fábio Machado
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