Foto: Cristiano Estrela/TJSC
Homem tinha outras cinco condenações e teve negado o direito de recorrer em liberdade
Jonas Martins Vieira, homem em situação de rua acusado de matar um adolescente de 17 anos no Centro de Florianópolis, foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado. O júri popular terminou no final da tarde desta quinta-feira (7), exatamente um ano após o crime.
O Conselho de Sentença da Vara do Tribunal do Júri da comarca da Capital condenou o acusado pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Segundo o MPSC, o crime teria ocorrido por motivo fútil e o ataque ao jovem teria sido “absolutamente desproporcional”, dificultando a defesa da vítima. O acusado ainda teria calculado a ação, por ter esperado o adolescente ficar sozinho para abordá-lo novamente e desferir as facadas.
O réu, que estava em situação de rua no momento do crime, foi preso em flagrante e teve negado o direito de recorrer em liberdade, em razão da garantia da ordem pública.
O crime ocorreu em 7 de novembro do ano passado. Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima, Talles Arneiro Neves, estava jogando bola com amigos no Largo da Alfândega, importante cartão postal da Capital, quando o acusado teria feito insultos sexuais contra uma amiga do jovem. O adolescente tentou intervir, resultando em uma discussão com o agressor. Após o desentendimento, de acordo com a investigação da Polícia Civil, os adolescentes deixaram o local.
Momentos depois, o agressor reencontrou a vítima e, novamente, iniciou-se uma discussão. O crime foi registrado por câmeras de segurança, e o agressor fugiu do local. Foi nesse momento que o adolescente foi golpeado com uma faca no peito. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que o réu tinha cinco condenações anteriores por crimes como maus-tratos a animais, roubo e furto qualificado. O homem estava em liberdade provisória há menos de um mês quando cometeu o homicídio. A defesa buscou desclassificar o crime para lesão corporal seguida de morte, mas a solicitação foi negada.
A família de Talles havia se mudado do Rio de Janeiro para Florianópolis meses antes do ocorrido em busca de segurança.