26 de setembro de 2024
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Adolescente de Balneário Camboriú morre em bombardeio israelense no Líbano, diz família

Por Band.com.br | Foto: Redes sociais/Reprodução/Band

Brasileira de 16 anos morreu em ataque dentro de casa, quando foi ‘pegar coisas da escola para os irmãos’

Mais uma brasileira morreu em meio ao conflito entre Israel e forças do Hezbollah no Líbano. A informação foi confirmada pela família da vítima e por fontes ligadas à diplomacia brasileira em Beirute ao repórter da Band, Túlio Amâncio, de Brasília.

A jovem foi identificada como Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. O pai dela, que ainda não teve o nome e nem a cidadania confirmados, também morreu.

 

“Ela estava em casa, saiu do local do bombardeio e voltou para casa com o pai para pegar coisas da escola para os irmãos, pegar roupas e voltar onde estavam. Na hora que chegaram em casa, atacaram eles, eles morreram dentro de casa”, disse o tio da jovem, Ali Khalen..

Segundo Ali, o pai da jovem morou nove anos no Brasil e a adolescente nasceu no país. O parente afirmou que os ataques de Israel estão matando apenas civis.

“Nenhum lugar que atacaram tem a ver com a guerra, com armamento, com coisa nenhuma, tudo civil, tudo gente pobre, pessoa trabalhadora, tem gente que tem supermercado, marceneiro, serralheria, lojas, casas”, afirmou.

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Mais cedo, o Itamaraty declarou que tomou conhecimento, “com profundo pesar”, da morte do brasileiro Ali Kamal Abdallah. Ao se solidarizar com a família, o governo reiterou sua condenação, nos “mais fortes termos”, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e “renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”.

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Brasil repudia escalada no Líbano

Na segunda-feira (23), o governo brasileiro condenou “nos mais fortes termos” os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis no Líbano. O Ministério das Relações Exteriores também recomendou aos brasileiros que deixassem a área conflagrada. O aeroporto de Beirute continua aberto, mas o governo avalia a necessidade de uma operação de repatriação.

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início do conflito em Gaza no ano passado após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro do ano passado, mas Israel intensificou sua campanha militar na última semana.