Em fase experimental, dispositivo colocado no teto do veículo pode manter conexão com a Central de Atendimento 24h e agilizar salvamento de vidas em SC
Em situações de emergência médica, ter acesso à internet de alta velocidade e confiável pode fazer toda a diferença. É com este objetivo que o Governo de Santa Catarina realizou o primeiro teste para verificar a efetividade do fornecimento de internet via satélite em uma ambulância, coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação, que consistiu na colocação de uma antena no veículo do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que atende no município de Rancho Queimado, na Grande Florianópolis.
De acordo com o Governo do Estado, essa inovação na saúde permite que as equipes médicas recebam informações da Central de Atendimento, acessem informações, consultem especialistas remotamente, compartilhem dados do paciente em tempo real e até mesmo realizem telemedicina em casos mais complexos.
“Tecnologia de internet via satélite é fundamental para garantir benefícios. Esta iniciativa representa um avanço significativo no atendimento médico de emergência, pois estamos buscando uma conexão estável e confiável mesmo em regiões remotas onde a conectividade tradicional é limitada”, destaca o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett.
O objetivo inicial é manter um veículo do SAMU conectado 24 horas por dia, em comunicação direta com a Central de Atendimento. Atualmente a comunicação é realizada via rádio ou mensagens de WhatsApp e dependendo da região a conexão não funciona, pois a internet é inexistente.
“Nosso município tem problema com sinal de internet, não temos telefone fixo em muitos localidades. Este teste acrescentará muito e vai melhorar ainda mais o atendimento desta equipe tão dedicada”, comenta a secretaria municipal da saúde de Rancho Queimado, Katy Kayser.
O diretor de Atendimento Pré-hospitalar Móvel (APH Móvel), Dionísio Medeiros, acompanhou a instalação. “Com este equipamento será possível informar com mais precisão o estado do paciente para Central de Regulação de Urgência, além de reduzir significante o tempo resposta no atendimento, principalmente naqueles momentos em que os segundos fazem a diferença para salvar uma vida”, explica.
Dependendo do resultado, o segundo passo será conectar a ambulância com os hospitais e futuramente possibilitar também que o médico realize o atendimento preliminar ao paciente via chamada de vídeo dentro da própria ambulância em casos mais simples.
O equipamento, cedido pela empresa em caráter experimental, não gerou custos e ficará em operação durante 60 dias, onde serão testadas a capacidade de comunicação e acesso a recursos online. Depois desse período, equipes técnicas da Secretaria da Saúde e da SCTI irão elaborar parecer sobre os resultados e benefícios obtidos.
Fotos: Divulgação / SCTI