Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) pode interferir em sistemas de navegação de aviões e deixar satélites vulneráveis. Imagem: ESA.
Pesquisadores acompanham a Anomalia Magnética do Atlântico Sul e a inversão dos polos magnéticos do planeta
Dados divulgados por pesquisadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos, NASA e Agência Espacial Europeia (ESA) sobre o campo magnético da Terra, especialmente da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) estão chamando a atenção de cientistas.
As informações apontam que a AMAS, região onde ocorre uma fraqueza no magnetismo do planeta teve um crescimento de 5% se comparado a 2019. Atualmente a anomalia, que provoca vulnerabilidade em sistemas de navegação de aviões e deixa satélites vulneráveis a ventos solares, está sobre o centro e sudeste do Brasil e chega até o continente africano. Com uma proteção fraca, circuitos estariam desprotegidos e sistemas eletrônicos precisariam ser desligados.
O campo magnético da Terra é irradiado pelo núcleo do planeta a cerca de três mil quilômetros de profundidade e está em constante movimento. Cientistas descobriram que a anomalia ocorre a pelo menos 11 milhões de anos, mas nos dois últimos séculos sofreu alterações profundas no campo magnético da Terra, que perdeu até 9% de força.
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Inversão dos Polos magnéticos
Outra situação que está sendo monitorada é a inversão dos polos magnéticos do planeta. E isso está gerando instabilidade no vórtice polar sul, que é uma gigantesca massa de ar frio que circula em forma de correntes de vento sobre os polos do planeta. Caso ocorra esse colapso pode ocorrer a mudança na direção dos ventos que passariam a girar no sentido contrário. Entre as consequências para o Brasil estão ondas severas de calor e seca duradouras.
Especialistas relatam que nas últimas semanas, essas correntes estão se comportando de maneira instável e provocando o aumento da temperatura na estratosfera. Na projeção os termômetros poderiam marcar até 47ºC em países do hemisfério Sul por vários meses. E não descartam a possibilidade de eventos climáticos severos como temporais, inundações, ressacas e ventos intensos.
Instabilidade no vórtice polar sul pode trazer consequências para o Brasil. Imagem: ovnihoje.