Na coluna de ontem toquei rapidamente no assunto da escolha da presidência da Alesc, e do nome apontado pela preferência de Jorginho Mello (PL), o do deputado José Milton Scheffer (PP). A questão anda quente em meio às conversas de bastidores. O governador tem trabalhado para ter ao lado dele o MDB, que fora seu adversário no pleito, na condição de vice, de Carlos Moisés. Porém, em nome da harmonia e da governabilidade a segunda maior bancada da Alesc poderá assumir mais uma pasta, além da Agricultura, que já conta com Valdir Colatto. Está em jogo a Secretaria de Infraestrutura, que conta com a indicação do deputado Jerry Comper (foto). Só depende dele. Isso tem balançado o meio emedebista. Lembro a recente conversa que tive com o presidente da Alesc, Moacir Sopelsa (MDB), em Lages, quando me falou que o MDB precisa ser reconstruído. Para tanto, também precisa ceder e se aglutinar. E, estar no primeiro escalão do Governo é a melhor forma de se fortalecer. Caso contrário, poderá virar oposição simplesmente, e buscar um poder forçado, via plenário, apenas. Sim. Não é interessante a condição. Por fim, se for para presidir a Assembleia, o MDB está forte. Conta com o favorecimento interno de outras bancadas. Jorginho Mello e o representantes do Partido estão por conversar nesta quinta-feira (12). Foto: Site do MDB).
Crítica de Décio Lima a Jorginho
Fora do foco e distante da mídia, notadamente o ex-candidato ao governo de Santa Catarina, Décio Lima (PT) parece estar procurando alguma forma de chamar atenção. Ao criticar a conduta do governador Jorginho Mello (PL), por ter decidido acompanhar a situação de catarinenses detidos em Brasília, em razão dos atos do último domingo (8), ele deu uma demonstração de total descaso humanitário. Afinal, seja quem forem os “criminosos”, todos têm o direito de defesa. O petista sabe muito bem disso. Taxar o governador de cúmplice e afirmar que se iguala a eles, é um contrassenso, vindo justamente de uma pessoa que durante a campanha pregava o amor. Falácia. Apenas discurso. A conduta do governador, ao determinar que a Secretaria de Articulação Nacional do Estado, em Brasília (DF), acompanhe de perto a situação dos 19 catarinenses, é justa. Virar as costas simplesmente, sem amparo e sem direito à defesa, é igualmente criminoso. Justamente, o que Décio propõe, e critica. Ainda mais que as coisas envolvendo os atos nos poderes estão ainda muito nebulosos.
Operação Mensageiro
Já se passaram as primeiras cinco semanas desde que foi desencadeada a “Operação Mensageiro” para apurar suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversos municípios de Santa Catarina. Estão presos preventivamente 16 investigados. Na operação, foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie e determinado o bloqueio de mais R$ 280 milhões dos envolvidos. Outra informação, a mais recente, deu conta de que a Justiça negou pedidos liminares em habeas corpus impetrados por quatro investigados na Operação Mensageiro e, assim, manteve válidas as prisões preventivas deferidas pela Justiça catarinense. Fora isso, pouco se sabe sobre o andamento da operação. De Lages dois servidores de primeiro e segundo escalões estão presos.
Foto: Ascom MPSC