Caso a mudança ocorra a Rússia poderá atacar países da Organização do Tratado Norte (OTAN) com armas nucleares. Imagem: Ministério da Defesa da Rússia.
As mudanças na doutrina de uso dos armamentos nucleares podem ser aprovadas apenas pelo presidente russo
Nesta quinta-feira (26) a Rússia divulgou que a mudança na doutrina das armas nucleares, deve ser encarada como “uma advertência” ao Ocidente. O presidente Vladimir Putin anunciou na última quarta-feira que as normas da Rússia sobre o uso do armamento nuclear devem ser ampliadas. Com isso, os mísseis poderão ser utilizados em resposta a um ataque aéreo “em massa”.
O cenário de tensão em função a invasão da Ucrânia vem crescendo. Uma prova foi a afirmação do porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. “Isto deveria ser considerado uma advertência específica. É um sinal que alerta estes países para as consequências de participarem em um ataque ao nosso país com diversos meios, não necessariamente nucleares”, destacou.
As mudanças podem ser aprovadas apenas pelo presidente russo e surgem no mesmo momento que a Ucrânia solicitou permissão dos aliados para utilizar armas de longo alcance para atingir alvos dentro da Rússia. A mudança também abre a possibilidade para a Rússia contra-atacar países da Organização do Tratado Norte (OTAN) que apoiam a Ucrânia, a exemplo dos Estados Unidos e aliados.
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A proposta foi classificada como imprudente e irresponsável pela União Europeia (UE). A situação foi comentada pelo porta-voz para política externa do bloco, Peter Stano. “É claro que rejeitamos estas ameaças com veemência. A dissuasão nuclear da Rússia está sendo ajustada devido a elementos de tensão que acontecem ao longo do perímetro das nossas fronteiras”, ressaltou.
