Foto: NCI
Jogo busca combater a violência contra a mulher
Nesta semana, foi apresentado aos multiplicadores do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado da Educação (NEP/SED) um baralho com o objetivo de combater a violência contra a mulher. Batizado de “Emancipação: Jogando contra o machismo”, o jogo de 65 cartas promove debates e estimula uma visão crítica sobre questões de gênero.
Projetado para jovens a partir dos 15 anos, o baralho recebeu o apoio do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid). A iniciativa será disponibilizada em projeto piloto para a rede pública estadual de ensino no segundo semestre deste ano, em Florianópolis.
Desenvolvido pelas professoras e pesquisadoras Lígia Feitosa e Raquel Barros, do departamento de psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em colaboração com a professora Valeska Zanello, da Universidade de Brasília (UnB), o baralho visa abordar questões de gênero de forma preventiva com os jovens.
A UFSC, o TJSC e a SED firmaram um termo de cooperação com prazo de 24 meses para implantar o projeto em todo o Estado. Inicialmente, foram impressos 100 baralhos pelo Observatório da Mulher da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), como parte do projeto “Fala, Maria!”, desenvolvido pela UFSC em 2020.
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Do total de 65 cartas do jogo, 52 iniciam debates e outras 13 são informativas. Dividido em quatro eixos: raízes culturais do machismo, mulheres e dispositivos amorosos e maternos, homens e dispositivo de eficácia, e violência contra as mulheres , o baralho aborda situações cotidianas que frequentemente envolvem as formas de violência contra a mulher previstas em lei.
Débora Ruviaro, assistente social da SED, destacou a preparação de assistentes sociais e psicólogos na Grande Florianópolis para implementar o projeto piloto, visando sua eventual expansão para todo o estado.
Os números de violência contra as mulheres em Santa Catarina em 2023, com 120.611 crimes catalogados pelo Poder Judiciário, incluindo 56 feminicídios, destacam iniciativas como esta que promovem a conscientização e a mudança de paradigmas em relação à violência de gênero.