Governo brasileiro defende reforma no Conselho de Segurança da ONU há décadas e deseja ser membro permanente do grupo
O Brasil assume neste domingo (1º) a presidência rotativa do Conselho de Segurança das (CSNJ). O órgão é composto por 15 países, sendo que cinco cadeiras são fixas para China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, e outros 10 em posições rotativas, como é o caso do Brasil.
Segundo o Itamaraty, o Brasil é o país em desenvolvimento que mais foi eleito para ocupar uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU: 11 vezes
O governo brasileiro defende, há décadas, uma reforma no Conselho de Segurança, com a ampliação de assentos permanentes e a inclusão de nações mais diversas e representativas. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 19 de setembro, Lula afirmou que o Conselho “vem perdendo progressivamente a credibilidade devido à falta de reformas”.
“Ao promover o diálogo, as soluções pacíficas e a participação de mulheres em negociações de paz, o Brasil reforça sua marca de diplomacia atuante em prol do multilateralismo como instrumento de busca de paz e desenvolvimento. A atuação do Brasil no atual mandato, em especial durante a presidência em outubro, reforça as credenciais do país para assumir um assento permanente em um Conselho de Segurança reformado”, pontuou o governo federal.
O Conselho de Segurança da ONU terá extenso programa de reuniões sobre temas da agenda de paz e segurança internacional, como as situações na Colômbia, Iêmen, Somália, Saara Ocidental e na Região dos Grandes Lagos, na África.
Estão também na agenda do mês discussões sobre os mandatos e as atribuições das missões de paz da ONU no Iraque (UNAMI), na Líbia (UNSMIL), no Kosovo (UNMIK), no Haiti (BINUH), no Líbano (UNDOF) e na República Centro-Africana (MINUSCA).
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro convidará representantes de organizações regionais, especialistas e representantes da sociedade civil para realizar apresentações aos membros do Conselho sobre esses temas.
A presidência brasileira irá promover três debates abertos presididos pelo ministro Mauro Vieira, que vão abordar: contribuição de arranjos regionais, sub-regionais, e bilaterais para a prevenção e resolução pacífica de disputas; questão israelo-palestina; e sobre a Agenda de Mulheres, Paz e Segurança, com foco na maior e mais significativa participação de mulheres em temas de manutenção da paz e segurança internacionais.
Fonte: Band
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Reprodução