De 2010 para 2021, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio caiu de 15,9 para 13,6 anos
Dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmam que o número de divórcios concedidos em primeira instância ou realizados por escrituras extrajudiciais aumentou 16,8% em 2021, em relação ao ano anterior, atingindo 386,8 mil.
A instituição atribui a dificuldade de manter as relações, a diversas razões, mas destaca as incertezas trazidas pela pandemia e as dificuldades na coleta de dados de divórcios ocorridas nas Varas de Família, Foros e Varas Cíveis.
A taxa geral de divórcios -número de divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais- também cresceu, passando de 2,15%, em 2020, para 2,49%, em 2021.
Foram registrados 932,5 mil casamentos em 2021, com alta de 23,2% ante 2020. Apesar do aumento, o número anual de casamentos ainda não retornou ao patamar pré-pandemia. Em 2021, o número de divórcios judiciais concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais chegou a 386,8 mil, com alta de 16,8% frente a 2020. Foi o maior aumento percentual em relação ao ano anterior desde 2011 (45,4%).
A maior proporções das separações é maior entre os casais com filhos menores de idade, com 48,5% dos divórcios – um crescimento de 5,5 pontos percentuais em relação a 2010. “Destaca-se, ainda, o aumento significativo do percentual de divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade em cuja sentença consta a guarda compartilhada dos filhos”, aponta o instituto.
Foram 9.202 casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2021, com um aumento de 43,0% em relação a 2020, registrando 6.433 casamentos.
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